O Corinthians venceu de forma inédita e invicta, e depois de uma longa espera, a tão sonhada e cobiçada Taça Libertadores da América. Mas o que esse grande feito deixa de lição para a gestão de carreira e negócios?

Por Tiago Bogas Corrêa

Há exatos cinco anos, o Corinthians vivia a maior crise de sua história. O rompimento da polêmica parceria com a MSI, aliado os escândalos políticos da era Alberto Dualib comprometeram a estrutura financeira e administrativa do clube, refletindo também no futebol, que culminou com o rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Um grande planejamento de reestruturação foi executado visando à reestruturação e a volta por cima do clube. A paixão incondicional dos torcedores foi peça chave para uma estratégia de marketing que aproximou ainda mais o torcedor do clube e, de quebra, recheou os cofres do clube. Na época, mesmo estando na Série B, o Corinthians fechou o maior patrocínio do futebol brasileiro, e, dentro de campo, garantiu o retorno à elite do futebol nacional.

No fim de 2008, uma ousada e brilhante jogada de marketing e planejamento culminaram com a chegada de Ronaldo Fenômeno. A associação dessas duas grandes marcas do futebol rendeu ao clube do Parque São Jorge os títulos do Campeonato Paulista e Copa do Brasil, além de patrocínios recordes e também grande espaço no cenário esportivo mundial, tendo sua marca mais conhecida e elevada em todos os cantos do planeta. A “era Ronaldo” foi, sem dúvidas, um grande marco na história financeira e administrativa do clube.

O fiasco do time em campo durante o ano do centenário e até mesmo a vexatória eliminação na Pré-Libertadores de 2011 (que motivou Ronaldo a encerrar a carreira) foram motivos de preocupação para desvio do foco do planejamento e dos objetivos gerais do clube. O pentacampeonato brasileiro recolocou o clube novamente na busca pelo até então inédito título continental.

Paralelamente às conquistas no futebol, a construção do tão sonhado estádio, que sediará a abertura da próxima Copa do Mundo, e do Centro de Treinamento, que hoje é um dos melhores do país, evidenciam a grandeza financeira, administrativa e estrutural do clube. A força da marca Corinthians e a paixão do torcedor moldaram as estratégias que hoje culminaram nos grandes resultados obtidos.

Planejamento a longo prazo, forte e estratégica campanha de marketing, organização e controle dos recursos, reestruturação, fortalecimento e exploração da marca, liderança dentro e fora de campo, excelente gestão de recursos humanos… A conquista da América nada mais é do que reflexo de um trabalho estratégico e sustentado em princípios e bases primordiais para o alcance do sucesso em qualquer organização ou negócio.

Que saibamos colocar em prática esse modelo de gestão, para que essa realidade seja mais comum em nossas organizações e no alcance das metas. Conquistar o bicampeonato mundial e consolidar a marca internacionalmente é o próximo desafio do Corinthians. Com todos os valores e estratégias já mencionados, fica fácil arriscar se o objetivo será ou não alcançado. Fiquemos no aguardo. Quem viver, verá!

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