Banrisul entra de vez na briga das maquininhas

Por: Afonso Bazolli
Em: Crédito
Fonte: Istoé Dinheiro

Banco gaúcho lançou a Vero, rede de adquirência que movimentou R$ 10 bilhões em 2013 no Rio Grande do Sul, que agora estará disponível em todo o Brasil

Por: Luiz Gustavo PACETE

Há um ano, a divisão de cartões do gaúcho Banrisul, presidida por Bolívar Moura Neto, lançou uma rede de adquirência em seu estado natal que movimentou R$ 10 bilhões, em 2013. De olho no potencial desse mercado em todo o País, o banco redesenhou a estratégia e criou a Vero, uma empresa que vai concorrer diretamente com as gigantes Cielo e Rede. “Nosso desafio é desenvolver relacionamento com as redes de varejo”, diz Neto à DINHEIRO.

A meta do banco é elevar a participação de mercado da Vero, atualmente em 1,6%, para 5% nos próximos cinco anos. “Já temos parceiros importantes como o Metrô de São Paulo e o UOL para os serviços de pagamento online. A gente ainda vê ainda muito mercado no Rio Grande do Sul, mas pretendemos expandir nossa presença no País”, afirma Neto. Além das bandeiras Visa e Mastercard, a rede também aceita o cartão VerdeCard, do Grupo Quero-Quero, o cartão Banricompras e todos os cartões da BanriCard.

Para se diferenciar em um mercado tão concorrido, o Banrisul quer incentivar os comerciantes a utilizarem a rede oferecendo vantagens como desconto na mensalidade das maquininhas e no pacote de tarifas da conta corrente. Também vai oferecer redução nas taxas de juros na conta corrente empresarial, além de linhas de crédito para capital de giro com a antecipação de até 100% das vendas em cartões. “O Banrisul tem mais de 500 agências que estarão permanentemente em contato e atendendo as necessidades do varejo.” No total, o banco opera com 140 mil máquinas.

A chegada da Vero ao mercado de adquirência nacional se soma a outros movimentos importantes que vem acontecendo neste segmento. Em janeiro, durante uma teleconferência com investidores, o presidente da Cielo, Rômulo Dias, ressaltou que a concorrência tende a aumentar, mas disse que a estratégia da companhia seria de qualidade e não de quantidade. “Não queremos volume neste ano, vamos focar na rentabilidade dos produtos e serviços.” O executivo se referia à chegada de novos concorrentes e ao fortalecimento de outros, como Rede e GetNet.

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