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Como a espiritualidade conversa com a liderança?

Por: Afonso Bazolli
Em: Gestão
Fonte: Administradores.com

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Compreenda este conceito em termos simples

Por: Roberta Trindade

Nas últimas décadas tem-se percebido mobilização nas organizações, no sentido de incentivar o protagonismo das pessoas, para que assim, a inovação, os resultados e a competitividade tornem-se sustentáveis. Nesta perspectiva, ações têm sido incorporadas ao cotidiano com o intuito de desenvolver nos colaboradores a autoreflexão e o engajamento para realização de boas práticas, em uma relação de respeito e parceria que ultrapassem os muros corporativos. Neste contexto, percebe-se, ainda que timidamente, um movimento sendo incorporado no mundo corporativo: a Espiritualidade Corporativa ou Organizacional.

A literatura, nos últimos anos, tem evidenciado a importância da espiritualidade corporativa por meio de cases de sucesso. Porém, não a que descamba no esoterismo, mas a que aponta um objetivo maior do que o fim em si mesmo, ou seja, aquela que prega que o imediatismo deve ser substituído pelo significado mais profundo das coisas.

Espiritualidade no sentido de querer um sentido para a vida, e que ela não se esgote numa ação, num trabalho, numa atividade ou numa religião. Inclusive, precisamos tomar cuidado com o simplismo de conceituar o que é espiritual pelo lado religioso. No âmbito organizacional, a espiritualidade, está relacionada a todos os sentimentos e iniciativas que fazem bem para o outro e consequentemente geram felicidade para si, tais como justiça, ética, respeito, amor ao próximo, cuidado, sabedoria, caridade, evolução pessoal, paz, altruísmo, bem-estar.

Abaixo, 8 dimensões que evidenciam a importância da espiritualidade corporativa. Porém, afirmo que seus benefícios não se restringem somente a eles.

Confira:

1. Sentido de equipe: o local de trabalho passa a ser um lugar de zelo e respeito mútuo, onde as pessoas se vêem engajadas por um objetivo comum;

2. Valores individuais e organizacionais em sintonia:  a sensação de fazer parte de algo maior, percebendo que seus valores são compatíveis com o da organização, gerando maior engajamento;

3. Importância à comunidade e responsabilidade social: a sensação de servir e de ser útil a comunidade promove sensação de bem-estar e novamente conexão entre os valores individuais e organizacionais;

4. Divertir-se “Have fun”: está relacionada à alegria e satisfação em trabalhar e em fazer parte dos objetivos daquela empresa ou setor, executando assim, suas atividades com prazer;

5. Respeito com a vida interior: o colaborador se sente respeitado em sua individualidade, subjetividade e espiritualidade. Percebendo respeito à emoção individual, poderá dar vazão inclusive à criatividade e outras características importantes para a realização de seu trabalho. Pois, uma vez que há a percepção das emoções, o racional poderá ser melhor apreendido e trabalhado;

6- Saúde e bem-estar: trabalhar outros aspectos que não somente produtividade, gerará um ambiente de trabalho mais humano, promovendo saúde e bem-estar. Isso não quer dizer que resultados não devam ser cobrados, porém, entendendo que existem outros aspectos, isso será uma consequência natural;

7- Liderança eficaz: é preciso lembrar que antes de engajar-se à empresa, o colaborador precisa ter conexão com seu líder. Trabalhar a espiritualidade, é trabalhar de maneira humanizada, na busca contínua de diálogo e de relacionamento.

8- Valores: é a principal dimensão da espiritualidade organizacional. É harmonizar os valores monetários, materiais com os valores não- materiais, tais como social, ecológico, espiritual.

A organização de uma vez por todas, precisa entender que colaboradores são seres integrais e complexos, buscando sentido diariamente para suas vidas. E esta busca vibra em mim, no outro, na natureza, no trabalho. É papel da organização extrair o que de melhor vibra em cada um, demonstrando amor e preocupação genuínos pelas pessoas, criando uma atmosfera agradável de cooperação, ensinamento, respeito e ética.

Estas ações e cuidados reverberarão e se evidenciarão nos serviços prestados e na motivação, e a produtividade e qualidade serão elementos naturais e não impostos. E é neste contexto que a introdução da espiritualidade nas organizações passa a ser uma necessidade e não apenas um modismo qualquer.

O líder espiritualizado está engajado nesse projeto à medida que vê as pessoas como parte de um todo, de forma respeitosa e individual, incentivando-a e inspirando-a para a execução de sua obra. “Então, essa espiritualidade é a capacidade de respeitar o outro como o outro e não como um estranho e edificar, em conjunto, um sentido (com significado e direção) que honre nossa vida”. (CORTELLA. 2008. p.14)

É o líder mencionado pelo filósofo Cortella, que faz com que o colaborador se perceba em uma obra maior, que incentiva o crescimento desta pessoa enquanto indivíduo, porque sabe que uma pessoa satisfeita produz muito mais e estabelece um vínculo muito mais efetivo não só de lealdade, mas de respeito com seu superior, com a equipe de trabalho, com a organização e com a sociedade como um todo.

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