Fake news e o mundo da fantasia: em qual você acredita? – Por Ubiratan Dib

Por: Ubiratan Dib Nogueira
Em: Gestão
Fonte: Redação

Amigos leitores, a minha resposta para esta pergunta é a seguinte: eu acredito no mundo da fantasia!

Mas calma, eu explico melhor: eu acredito no mundo da fantasia, podendo ser ele por meio das histórias em quadrinhos, filmes, séries, desenhos, etc., pelo fato de que alguém muito criativo inventou, com maestria, uma ideia de ficção que nos transporta para experiências muito ricas, tanto sensoriais como emocionais, agregando cultura e conhecimento através das reflexões e do pensamento.

Já nas fake news, temos um grande problema: geralmente, a notícia falsa é criada por pessoas com muita criatividade, mas com certa perversidade, pois induz a muitos a acreditarem em algo que pode, inclusive, ter grande impacto na vida das pessoas e da sociedade.

Por exemplo, no início de 2018, houve uma ameaça de surto de febre amarela em alguns Estados, principalmente em São Paulo, e por causa de uma fake news que circulou nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais, muitas pessoas desistiram de tomar a importante vacina por causa dos seus supostos efeitos que poderiam levar à morte, tanto é que em muitos postos chegaram a encalhar várias doses que estavam disponíveis para a população.

Notícias como “a vacina causa câncer no futuro” e “médicos americanos alertam que a vacina brasileira é veneno” foram as mais compartilhadas. Vale lembrar que muitos países exigem a comprovação desta vacina antes da viagem, com certificação emitida pela Anvisa.

Outro exemplo, mais recente, me deixou completamente surpreso: na rede social LinkedIn, que é voltada exclusivamente para assuntos profissionais e corporativos, li alguns compartilhamentos de profissionais renomados sobre o famigerado boato que o Silvio Santos foi pedir emprego na lanchonete do Roque, conhecido animador de plateia, e em agradecimento, convidou-o no futuro para trabalhar em sua rede de televisão.

Para piorar, a maioria das pessoas elogiou nos comentários o “ato louvável” do apresentador, afirmando ser de grande motivação e inspiração.

Pelo mínimo que sabia da história, confirmada agora em sites idôneos, ambos trabalharam juntos numa emissora de rádio na década de 1950, e com o fortalecimento da amizade, o ilustre animador e empresário convidou o Roque para trabalhar quando ainda era apresentador de uma antiga emissora de TV.

Para mim, este é o sinal grave de como estamos tratando a multiplicidade de informações disponíveis: com superficialidade. Poucas pessoas realmente suspeitam ou vão mais a fundo para saber se a notícia é verdadeira ou falsa, e com isto, presenciamos uma enxurrada de fake news diariamente.

Como dica, só confie nas informações compartilhadas nas redes sociais pela imprensa oficial, como jornais, revistas, emissoras de rádio e TV que você já segue, e tome cuidado para não abrir as notícias compartilhadas com sites fakes, que são muitos, onde geralmente utilizam vocabulário chulo e fazem acusações que a imprensa oficial jamais faria.

Vamos iniciar 2019 acreditando somente na verdade dos fatos e no mundo da fantasia, ok?

Abraços e até a próxima!

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