Liderança: diferença entre serenidade e passividade – Por Ubiratan Dib

Por: Ubiratan Dib Nogueira
Em: Gestão
Fonte: Redação

Se há alguma certeza que podemos descrever sobre o ser humano é a diferença de cada um, seja ela física ou mental. Não é à toa que dos sete bilhões de habitantes do planeta, cada um tem uma impressão digital distinta, não sendo diferente com o pensamento.

Com o pensamento sendo diferente e personalíssimo, para vivermos harmoniosamente em sociedade, precisamos ter como premissa básica que a opinião do outro deve ser sempre respeitada, por mais que não concordemos, sendo certo que o contraditório é que nos move a debater os assuntos e evoluir em muitos aspectos.

Eu optei fazer esta introdução para retratar algo com que sempre convivi: a de ter, via de regra, tranquilidade e serenidade para fazer as coisas, pois este é o meu perfil personalíssimo, mas nem sempre isto foi entendido pelas pessoas, pois a calma nas ações e tomada de decisões transparece, para muitos, como passividade.

Por muito tempo eu me questionei sobre esta visão, até que tive oportunidade de participar, há alguns anos, de vários processos de assessment, isto é, de avaliação profissional de comportamento e competências através de profissionais habilitados da área de recursos humanos e psicologia.

Trata-se de uma ferramenta riquíssima onde se pode explorar muitos pontos a fim de desenvolver as competências necessárias para gestão. Por mais que os resultados não sejam idênticos entre uma avaliação e outra, visto que estamos sempre em desenvolvimento, uma questão sempre convergia para o mesmo ponto: que faz parte do meu perfil ser calmo na rotina diária e na tomada de decisões, entretanto, faz também parte do meu perfil agir com extremo senso de urgência.

Quando recebi o feedback da psicóloga no meu primeiro assessment, ela evidenciou que existem muitas formas de tomar decisão e se comunicar com as pessoas, e geralmente, quem é calmo e tem senso de urgência costuma utilizar da diplomacia para solucionar conflitos e pontos divergentes com os clientes internos e externos, e segundo a sua avaliação, o mais importante de tudo é a busca da solução, pois muitas vezes comportamentos mais enérgicos e agressivos tendem a impor pressão, o que não é bom para um desfecho frutífero, causando mais desgastes e aborrecimentos do que aperto de mãos.

Sobre os processos de assessment, há uma corrente que sugere que o avaliado foque os pontos fracos para melhorar a sua performance profissional; já outra corrente sugere explorar mais os pontos fortes, pois se trabalharia a essência da pessoa.

Em minha opinião, a ferramenta tem um valor extraordinário e cada avaliado pode receber inúmeras respostas das dúvidas sobre o seu perfil, para tanto, ouvir, absorver, e o principal e mais importante, que é colocar em prática o feedback de profissionais experientes, irá lhe proporcionar uma maior tranquilidade para seguir com o seu desenvolvimento.

Por fim, como reflexão, antes de aceitar como verdade a opinião das pessoas sobre o seu perfil comportamental, procure sempre apoio de profissionais competentes e capacitados para te ajudarem no seu direcionamento.

Abraços e até a próxima!

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