Não espere o auge da carreira para ser feliz – Por Ubiratan Dib

Por: Ubiratan Dib Nogueira
Em: Gestão
Fonte: Redação

Neste ano de 2016, tivemos dois acontecimentos chocantes e inusitados, deixando os brasileiros muito abalados e em luto com maciça divulgação das mídias: a morte do brilhante ator Domingos Montagner, que estava nadando num rio, e o acidente com o avião que transportava o time da Chapecoense, que iria disputar um título inédito na sua história de rápida ascensão, contando mais de 70 mortos.

Diariamente, nos deparamos com notícias tristes sobre mortes e acidentes no mundo inteiro, mas estas notícias tiveram uma repercussão maior ainda pelo fato dos envolvidos se encontrarem no ápice da carreira.

Diante desta problemática do cotidiano, além de lamentar profundamente e com grande pesar a morte destas pessoas, seres humanos como nós, podemos refletir um pouco sobre a forma que conduzimos a nossa vida.

Por premissa básica, todo profissional sonha e busca de forma incessante durante a sua carreira o reconhecimento do seu trabalho, visando galgar gradativamente posições e destaque em empresas ou em empreendimentos, porém, temos uma enorme dificuldade de fazer com que os nossos dias sejam leves, alegres e com clima positivo, pois encaramos o trabalho com muita dureza e excesso de seriedade.

Em minha opinião, esta forma dura de encarar o trabalho está ligada ao fato que nunca estamos satisfeitos com o momento atual da carreira ou dos negócios, e como sempre queremos progredir mais rápido do que as nossas forças suportam, inicia-se o processo de ansiedade e sofrimento, e dependendo do avanço destes sentimentos, pode agravar para um processo depressão, e como já é sabido, a depressão é considerada uma das grandes epidemias do século XXI e uma das principais causadoras de afastamentos de trabalho conforme dados recentes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Muitos executivos buscam ajuda nos valorosos recursos de terapia e análise com profissionais gabaritados, porém, em muitos casos, o tratamento não surtirá o efeito necessário se não aceitarmos as nossas fragilidades humanas, como também, se não deixarmos de lado a nossa vaidade, recorrendo à estimada ajuda da família, de amigos pessoais ou até mesmo de colegas de trabalho de confiança, pois quanto maior a rede de relacionamento e o compartilhamento de ideias e sentimentos, maiores são as chances de afastar a angústia e o sofrimento.

O ponto principal da reflexão do tema é o seguinte fato: por mais difícil que seja para aceitar, nós não temos qualquer controle ou certeza de quando chegará a nossa hora, e diante deste complexo dilema, a busca de momentos de prazer saudável e felicidade a cada dia em nossas vidas, sem dúvida, ajudará a amenizar os nossos sofrimentos personalíssimos.

Os renomados cursos de Coaching tratam com propriedade sobre a busca de nossas realizações com positivismo, perseverança e equilíbrio emocional, e o profissional que está disposto a praticar em sua rotina diária momentos de gentileza, reconhecimento, gratidão e ser servidor das pessoas, terá maior qualidade de vida e consequente sucesso naquilo que persegue.

Por fim, diante das inúmeras incertezas desta vida, convido a todos a ouvirem com atenção a letra da música “Epitáfio”, da banda Titãs, que resume de forma sutil os nossos sentimentos de arrependimento sobre os momentos de felicidade perdidos em nome do auge e da glória, que são transitórios e passageiros:

https://www.youtube.com/watch?v=L3eiOMQVUqs

Abraços, Feliz 2017 e até a próxima!

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