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Pense como uma criança para tomar decisões melhores

Por: Afonso Bazolli
Em: Gestão
Fonte: Exame

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Por: Anna Carolina Rodrigues

Todo mundo pode fazer o cérebro funcionar em alta capacidade. Basta usar métodos para impulsionar a criatividade e reduzir o medo de errar. Essa é a crença do economista Steven D. Levitt e do jornalista Stephen J. Dubner, autores do best-seller Freakonomics, que voltam às livrarias com Pense Como um Freak (Record, 42 reais).

A dupla resolveu fazer um livro sobre tomada de decisões depois de receber mensagens de leitores com dúvidas que iam de diploma universitário a relacionamento amoroso. Em vez de responder cada questão, eles escreveram um livro sobre raciocínio. A maneira de pensar está longe de ser um truque. Mas as técnicas que você aprende nesta reportagem podem tornar sua mente mais eficiente.

Admita sua ignorância

Uma das atitudes que mais atrapalham o raciocínio é a pretensão de saber tudo. Quanto maior a qualificação, maior o risco de fazer isso. Os autores citam um estudo da CXO Advisory Group, consultoria de análise financeira, que mapeou 6 000 previsões de especialistas do mercado de ações ao longo de vários anos. A média de acerto ficou em 47,4%, e a pesquisa constatou que esses especialistas tendem a ser confiantes demais, numa combinação de vaidade e erro. As pessoas fingem que sabem de tudo para se proteger.

Solução: Assumir a ignorância, mesmo em público, é o melhor a fazer quando se trata de resolver um problema. Ao prever o futuro, as pessoas ignoram variáveis.

Raciocine como uma criança

A ideia não é agir como uma criança de 8 anos, o que causaria mais problemas do que soluções. Em vez disso, a proposta dos escritores é ser mais instintivo e menos preconceituoso, como são as crianças. O mágico americano Alex Stone, em conversa com os autores, disse que é mais fácil enganar uma plateia de físicos do que uma de crianças porque os adultos tentam desmascarar o mágico, enquanto as crianças tentam entender como o truque funciona — mesmo tipo de raciocínio que usam para compreender o mundo. Sem medo de questionar e munidas de muita curiosidade, elas fazem as perguntas certeiras para compreender uma informação.

Solução: Em vez de reprimir ideias, deixe que elas brotem livremente, por mais ingênuas que sejam. Depois desse exercício inicial mais infantil, o adulto pode filtrar as alternativas mais interessantes.

Use histórias para persuadir

Convencer alguém que não quer ser convencido é das tarefas mais difíceis de cumprir. A razão para a dificuldade é que uma opinião, normalmente, se baseia mais na ideologia e nos hábitos do que em fatos concretos — o que gera uma cegueira a argumentos contrários.

Solução: evite camuflar as falhas de argumentação: todos desconfiam do que parece perfeito. O melhor é se antecipar e reconhecer o que não está muito bom. Outro segredo é se conectar com os outros contando boas histórias. Essa é a maneira ideal de capturar a atenção e ilustrar seu ponto de vista.

Redefina o problema

Diante de um problema, uma análise inicial pode levar as pessoas a tomar medidas incorretas para resolvê-lo. Levitt e Dubner contam a história de Kobi, um estudante japonês que se inscrevia em concursos de comer cachorros-quentes. Kobi desenvolveu a técnica perfeita quando transformou a pergunta “Como comer mais?” em “Como tornar os cachorros-quentes mais fáceis de comer?”. Ao mudar o ponto de vista, descobriu que seria mais eficiente se partisse os sanduíches ao meio e os molhasse na água. Com isso, passou a engolir 50 lanches em 12 minutos — um recorde. A marca anterior era de 25 no mesmo tempo.

Solução: inverter o ponto de vista e de abordagem para vislumbrar novas soluções que ainda não tinham sido consideradas anteriormente.

Tenha coragem de desistir

Nos anos 50, os governos do Reino Unido e da França investiram para criar o avião supersônico Concorde. Foram em frente mesmo depois de perceber que seria economicamente inviável. Afinal, já tinham gastado tempo e dinheiro demais. O cientista inglês Richard Dawkins cunhou o termo “falácia do Concorde”, algo como “insistir no erro é burrice”. Para Levitt e Dubner, uma pessoa não tem coragem de desistir por medo de fracassar, por angústia de não recuperar os investimentos e por ter pensamento focado apenas no que foi gasto e não nas oportunidades que deixaram de ser exploradas.

Solução: Identifique as razões que fazem você descartar a desistência como alternativa. O fracasso pode representar um valioso feedback e não é tão ruim — desde que se saiba a hora de desistir.

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