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Será mesmo um problema a geração Y não abrir mão de ficar conectada durante o trabalho?

Por: Afonso Bazolli
Em: Gestão
Fonte: Valor Econômico

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Por: Bobby Rebell

Em uma cena do best-seller deste verão no hemisfério Norte, “Love and Miss Communication”, uma jovem advogada “workaholic” da geração Y chamada Evie, prestes a firmar contrato como sócia no escritório, é demitida do emprego por enviar um número excessivo de e-mails pessoais durante o expediente. Depois ela descobre, no Facebook, que o rapaz dos seus sonhos está muito apaixonado… por outra. Por tudo isso, ela jurou deixar de usar a internet por um ano.

Desnecessário dizer que coisas boas também acontecem. Mas há uma pegadinha. Os problemas ocorrem quando as coisas não acontecem. Por exemplo, Evie perdeu a festa de um amigo chegado porque não verificou suas mensagens no Facebook. Ficou cada vez mais isolada e seus amigos se sentiram ofendidos.

Entre os membros da primeira geração que chegou à idade adulta no novo milênio, conhecida como geração Y ou Millennials, a ânsia de se manter conectado é forte. Segundo o Boston Consulting Group, 37% dos Millennials mais jovens (de 18 a 24 anos) disseram se sentir como se estivessem “perdendo alguma coisa” quando não entram no Facebook ou no Twitter todo dia, comparativamente aos 23% entre os que não fazem parte dessa geração.

Essas preocupações são válidas e não devem ser ignoradas. Ao contrário das gerações anteriores, a vasta maioria de seus compromissos sociais são amarrados on-line. O mesmo acontece com as simples manifestações de ostentação. Também, os amigos estimulam-se mutuamente, o que pode se constituir num grande fator de motivação.

A realidade é que os Millennials são digitais natos. Levam seus aparelhos para a cama, enviam mensagens de texto quase que em quase qualquer situação e checam constantemente os sites das redes sociais para não perder nada. Em vez de revestir sua cultura centrada nas redes sociais de uma conotação negativa, pode fazer mais sentido estimulá-los a alavancá-la.

Bob Pearson, presidente da empresa de marketing e comunicação W20 Group, diz não haver qualquer motivo para pressionar os Millennials a se desconectarem, nem mesmo no expediente. “É um mito isso de que as empresas não querem que você fique on-line e toque alguns assuntos pessoais”, diz Pearson, que tem um blog sobre Millennials com sua filha de 19 anos. “Simplesmente temos de aceitar que, quando os Millennials têm um tempo ocioso, é isso o que eles fazem.”

Brittany, a filha de Pearson, por exemplo, envia mensagens pelo Snapchat a seus colegas de trabalho durante o expediente, mesmo quando eles estão fisicamente próximos.

Permitir que funcionários mais jovens mantenham contato entre si no trabalho pode ser vantajoso. Suas conexões em tempo real oferecem opiniões coletivas, além das informações constantes, que podem ser úteis, sobre os projetos.

Embora os Millennials possam estar conectados para trabalhar mais, também estão ligados a seu universo social, o que pode tornar o trabalho mais agradável. Esse fator, por sua vez, os mantém mais produtivos. A pouca nitidez dos limites nem sempre é tão ruim assim.

Mas alguns se preocupam com os efeitos de toda essa conectividade sobre a saúde. “Se os empregadores quiserem melhorar a saúde de seus funcionários, entre os quais os Millennials, deveriam pensar na possibilidade de estimulá-los a se desconectar quando saem do trabalho”, diz Terri L. Rhodes, principal executiva da organização sem fins lucrativos dos empregadores Disability Management EmployerCoalition.

“Ainda não conhecemos os efeitos sobre a saúde da digitação de mensagens de texto, do constante uso dos polegares e de sua consequência sobre a artrite das juntas dos polegares. Cresce também a preocupação médica com os problemas de pescoço decorrentes de se estar sempre olhando para baixo, para os aparelhos”, argumenta.

Com relação a Brittany, ela tem, efetivamente, uma ponta de inveja do pessoal mais velho, desconectado. Fala, com ar sonhadora, em deixar seu celular em casa, pelo menos quando vai à praia. Mas não deixa. Na verdade, o desejo de se desconectar parece ir e vir em um instante – quase com a mesma rapidez quanto a do toque constante que a chama de volta aos seus aparelhos.

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