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Como digo que aceito ganhar menos para mudar?

Por: Afonso Bazolli
Em: Vagas
Fonte: Valor Econômico

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Por: Karin Parodi

Sou formada em marketing há sete anos, mas, desde janeiro, estou cursando ciências econômicas, pois pretendo mudar de carreira. Quero ser economista, por uma questão de gosto e realização pessoal. Atualmente, trabalho com marketing, mas inscrevi meu currículo para uma vaga de estágio em um banco. O departamento econômico desse banco me chamou para uma entrevista e recebi uma série de questionamentos sobre a minha mudança. Também enfatizaram que o salário de estagiário era bem inferior ao que eu já recebo como analista de marketing. Reforcei que isso não era um problema. Fui, então, recomendada para o departamento de gestão de recursos de terceiros do banco, onde tudo se repetiu. Lá fui indicada para a área que estou tentando sair: marketing. Recusei a entrevista. Terei de esperar minha graduação em economia terminar para procurar emprego na área? Como provar que quero mudar de carreira, mesmo que precise começar do zero?

Analista de marketing, 28 anos

Resposta:

Queria que você conhecesse Chris Gardner. Ele é um pai de família de classe média americana que enfrenta sérios problemas financeiros e pessoais e é abandonado pela esposa. De um dia para o outro, Chris torna-se um pai solteiro e precisa cuidar de seu filho de cinco anos.

Ele tenta usar sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor. Entra como estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe salário condizente com os serviços prestados. Sua esperança é que, ao fim do programa, seja contratado. Não sei se você já viu esse filme. Chama-se “À Procura da Felicidade” e é estrelado por Will Smith. Recomendo que você assista a ele e aproveite suas lições, emoções e o pano de fundo motivacional que nos faz refletir sobre quão capazes somos de virar um jogo, superando desafios que considerávamos impossíveis.

A situação de Chris é mais difícil do que a sua, imagino. Seu caso é o de uma profissional que decidiu mudar de vida e terá de enfrentar as alegrias e os desafios derivados dessa decisão. Você se mostra tranquila com a escolha feita e parece ter condições emocionais e financeiras de apoiá-la. O único problema são as pessoas em seu caminho, que infelizmente agem à moda antiga, buscando opções mais “seguras” para contratar.

Intuitivamente, você já sabe qual é a primeira medida a tomar. É preciso preparar-se bem para as entrevistas de emprego, o que começa por uma análise formal do que a fez mudar de área. Caso contrário, você não construirá bons argumentos a esse respeito. Além de buscar mais prazer e realização profissional, seu perfil também a levou a essa decisão? Como a posição que você almeja é a de estagiária, o que será mais observado é o seu perfil.

É imprescindível ter na ponta da língua uma resposta elaborada sobre isso, além das competências que desenvolveu na área de marketing e que podem ser transferidas para a seara econômica. Agora, falemos um pouco da entrevista em si. Em primeiro lugar, você precisa “fazer seu marketing”: observe que o conhecimento que lhe falta (você ainda não se graduou, afinal) é compensado com o profissionalismo nas atitudes e nos comportamentos. E as exigências não poderão ser mais altas do que isso, porque você está na fase de aprender.

Os entrevistadores parecem incomodados quanto a sua posição e sua remuneração? Não se intimide; contra-argumente! Diga, com naturalidade, que sua decisão de mudar não é imatura, mas consciente. Sua segurança é tanta que você se dispõe a “pagar um pedágio”. Sobre o modo de acessar o mercado de trabalho como economista, o melhor caminho é o da rede de contatos. Contar para as pessoas que você conhece sobre seus novos objetivos a ajudará a identificar oportunidades.

Ao longo da minha carreira, conheci inúmeras pessoas com desejo de mudança, mas sem coragem nem condições financeiras para bancar a nova carreira. Você é uma privilegiada e, se conseguir fazer um planejamento, vai transformar seu privilégio em sorte (aquele fenômeno que vem de quem se esforça muito).

Você encontrará pessoas que não lhe darão uma chance, mas não se irrite: estão engessadas a velhos paradigmas e medos. Certamente, você também encontrará pessoas que valorizarão sua coragem, sua maturidade no processo de mudança e sua persistência em alcançar esse objetivo.

Seu caso não tem como não dar certo, é questão de empenho e de tempo. Para finalizar: Gardner não é um personagem de filme, mas uma pessoa de carne e osso. Hoje reconhecido por obras filantrópicas, é palestrante, escritor e se tornou um homem muito rico.

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