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ltimamente, na CMS, essa é uma expressão

que usamos muito, como uma espécie de

mantra corporativo. Na falta de uma frase

em português que denote com exatidão e vendo

que a força desse ditado se perdia quando o tradu-

zia, preferi usar em castelhano mesmo.

A frase “quemar las naves” (“queimar os barcos”)

mantém seu sentido original desde sua incorpo-

ração à linguagem coloquial em países como a

Argentina. Tanto hoje quanto há 2 mil anos, é si-

nônimo de lançar-se com tudo em função de um

objetivo, renunciando a possiblidade de voltar atrás

frente a um eventual fracasso.

A origem é controversa, mas diz-se que remonta

do século III antes de Cristo, a partir de uma mano-

bra militar de Alexandre Magno, segundo o autor

Manuel Campuzano. Ao que parece, o rei da Ma-

cedônia, ao chegar na costa da Fenícia, observou

que seus inimigos haviam triplicado de número e

que sua tropa parecia derrotada antes mesmo de

pisar no campo de batalha.

Alexandre Magno, então, desembarcou e imedia-

tamente mandou queimar todos os seus barcos.

Conta Campuzano que, enquanto sua frota era

consumida pelo fogo, o líder macedônio reuniu

seus homens e disse a eles: “observem como os

barcos se queimam. Essa é a única razão pela qual

devemos vencer, já que, se não ganhamos, não

poderemos voltar a nossos lares e nenhum de nós

poderá se reunir novamente com nossas famílias,

nem poderemos abandonar esta terra que hoje

desprezamos. Devemos sair vitoriosos nesta bata-

lha, já que só há um caminho de volta e é pelo mar.

Cavalheiros, quando voltemos a nossa casa, fare-

mos da única forma possível: nos barcos de nossos

inimigos”.

Milenar ou não, a verdade é que o contexto em que

vivemos hoje no Brasil me motiva todos os dias a

pensar nessa expressão e, mais que isso, viver sob

essa filosofia. Estamos em um momento complexo,

mas de extrema catarse social, vendo alguns para-

digmas ruírem, como no caso da política e das con-

sequências para os atos de corrupção. A impunida-

de era certeza tão instituída que achávamos já não

havia maneira de reverter. Bem ou mal, isso começa

a mudar e muito pela pressão social.

Do mesmo modo, no mercado e no dia a dia das

empresas em si, as mudanças são tão constantes

que geram incertezas. A superação e a renovação

constantes passaram a ser primordiais para a so-

brevivência, seja das companhias, seja dos próprios

profissionais.

Os macedônios venceram o medo e a batalha na-

quele dia porque estavam altamente motivados a

se superar, e, assim, voltaram pra casa nos barcos

dos inimigos. Essa é a forma que queremos superar

nossos medos para vencer nossos desafios.

No nosso caso, também não há como voltar atrás e

se deixar vencer pelo medo do desconhecido. Não

há como sair às ruas sem pensar em fazer a diferen-

ça. Em momentos como esse, não tem como não

queimar os barcos, todos os dias. Então, “a quemar

las naves!”

Boa leitura!

elane cortez

Editora

AQUEMAR

LAS NAVES!

EDITORIAL