Best Performance 5
paulo gastão
CEO
PGMais Resultado
luis carlos bento
Presidente
InstitutoGEOC
ricardo loureiro
Sócio e Conselheiro
BompraCrédito
pablo salamone
Presidente
CMS
sérgio bahdur
CEO
QuantumStrategics
victor loyola
Vice Presidente Business
Services
Serasa Experian
paulo de tarso
Sócio Fundador
Kitado
wagner
montemurro
Sócio-Diretor
Unioneblue
neiva mendes
Gerente Corporativo
deQualidade
CSU
U
ltimamente, na CMS, essa é uma expressão
que usamos muito, como uma espécie de
mantra corporativo. Na falta de uma frase
em português que denote com exatidão e vendo
que a força desse ditado se perdia quando o tradu-
zia, preferi usar em castelhano mesmo.
A frase “quemar las naves” (“queimar os barcos”)
mantém seu sentido original desde sua incorpo-
ração à linguagem coloquial em países como a
Argentina. Tanto hoje quanto há 2 mil anos, é si-
nônimo de lançar-se com tudo em função de um
objetivo, renunciando a possiblidade de voltar atrás
frente a um eventual fracasso.
A origem é controversa, mas diz-se que remonta
do século III antes de Cristo, a partir de uma mano-
bra militar de Alexandre Magno, segundo o autor
Manuel Campuzano. Ao que parece, o rei da Ma-
cedônia, ao chegar na costa da Fenícia, observou
que seus inimigos haviam triplicado de número e
que sua tropa parecia derrotada antes mesmo de
pisar no campo de batalha.
Alexandre Magno, então, desembarcou e imedia-
tamente mandou queimar todos os seus barcos.
Conta Campuzano que, enquanto sua frota era
consumida pelo fogo, o líder macedônio reuniu
seus homens e disse a eles: “observem como os
barcos se queimam. Essa é a única razão pela qual
devemos vencer, já que, se não ganhamos, não
poderemos voltar a nossos lares e nenhum de nós
poderá se reunir novamente com nossas famílias,
nem poderemos abandonar esta terra que hoje
desprezamos. Devemos sair vitoriosos nesta bata-
lha, já que só há um caminho de volta e é pelo mar.
Cavalheiros, quando voltemos a nossa casa, fare-
mos da única forma possível: nos barcos de nossos
inimigos”.
Milenar ou não, a verdade é que o contexto em que
vivemos hoje no Brasil me motiva todos os dias a
pensar nessa expressão e, mais que isso, viver sob
essa filosofia. Estamos em um momento complexo,
mas de extrema catarse social, vendo alguns para-
digmas ruírem, como no caso da política e das con-
sequências para os atos de corrupção. A impunida-
de era certeza tão instituída que achávamos já não
havia maneira de reverter. Bem ou mal, isso começa
a mudar e muito pela pressão social.
Do mesmo modo, no mercado e no dia a dia das
empresas em si, as mudanças são tão constantes
que geram incertezas. A superação e a renovação
constantes passaram a ser primordiais para a so-
brevivência, seja das companhias, seja dos próprios
profissionais.
Os macedônios venceram o medo e a batalha na-
quele dia porque estavam altamente motivados a
se superar, e, assim, voltaram pra casa nos barcos
dos inimigos. Essa é a forma que queremos superar
nossos medos para vencer nossos desafios.
No nosso caso, também não há como voltar atrás e
se deixar vencer pelo medo do desconhecido. Não
há como sair às ruas sem pensar em fazer a diferen-
ça. Em momentos como esse, não tem como não
queimar os barcos, todos os dias. Então, “a quemar
las naves!”
•
Boa leitura!
elane cortez
Editora
AQUEMAR
LAS NAVES!
EDITORIAL




