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os “benefícios” oferecidos pelas melho-

res empresas (como almoço gratuito no

Google), o que realmente faz a diferença

é o nível de confiança dos funcionários

na gestão da empresa. Quando saem,

funcionários não deixam a empresa, eles

deixam seus líderes. Um excelente lugar

para trabalhar é aquele em que se con-

fia nas pessoas para as quais se trabalha,

se tem orgulho do que faz e se gosta das

pessoas. Essa questão tem evoluído mui-

to nos últimos anos, mas o grande ponto

que eu ressalto é que a atenção sobre

isso agora não vem apenas da área de

Recursos Humanos. Os CEOs passaram

a compreender que se alguém gosta do

que faz, o fará melhor. Ou seja, ao criar

um bom ambiente de trabalho, o CEO

também contribuirá para a obtenção dos

resultados do negócio.

BP: O que as empresas precisam para

atingir a excelência de seus emprega-

dos?

JT: Não há uma formula única. Empre-

sas do mesmo tamanho e segmento po-

dem ser muito diferentes. É preciso co-

meçar entendendo a cultura que se tem,

a cultura que se quer ter, e as característi-

cas e motivações da equipe atual. Usando

esse ponto de partida, avaliam-se os

gaps

e as prioridades para mudança. Ter como

objetivo “estar em uma lista” não costuma

ser uma boa estratégia. As empresas com

maior sucesso nessas áreas estão em lis-

tas por consequência e têm muitos outros

benefícios de negócio.

BP: Com relação à geração millennials,

como reter esse perfil que tem pressa

de crescer e quer ser chefe de si mes-

mo?

JT: Ouvi uma frase ótima na semana pas-

sada, durante nossa conferência mundial

em Chicago, nos Estados Unidos: “Por

mais que os millennials tentem resistir,

eles estão cada vez mais parecidos com

seus pais”. Eu sou da opinião de que de-

vemos ser muito cuidadosos com gene-

ralizações ao categorizar pessoas como

pertencentes a determinado grupo, pois,

em geral, a diversidade de pensamento

dentro de um único grupo pode ser até

maior do que entre grupos diferentes. O

que vemos hoje é que os millennials já

são parte da liderança das empresas e,

surpreendentemente, expressam ter di-

ficuldade para entender e outros millen-

nials!

A conclusão a que chego é de que a

questão a se focar são aspectos relacio-

nados a liderança (desafios, progressão,

motivação, reconhecimento etc.) em um

ambiente em que a tecnologia mudou

totalmente as regras do jogo. As caracte-

rísticas atribuídas aos millennials são con-

sequência dessas mudanças. Ao entender