Best Performance 5
REVOLUÇÃODIGITAL E O
DESAFIO REAL
paulo gastão
CEO
PGMais Resultado
luis carlos bento
Presidente
InstitutoGEOC
ricardo loureiro
Sócio e Conselheiro
BompraCrédito
pablo salamone
Presidente
CMS
sérgio bahdur
CEO
QuantumStrategics
victor loyola
Vice Presidente Business
Services
Serasa Experian
paulo de tarso
Sócio Fundador
Kitado
wagner
montemurro
Sócio-Diretor
Unioneblue
neiva mendes
Gerente Corporativo
deQualidade
CSU
Y
uval Noah Harari escreveu em “Uma
breve história da Humanidade Sapiens”
que, há cerca de 70 mil anos, os orga-
nismos pertencentes à espécie Homo Sapiens
começaram a formar estruturas complexas
de organização social chamadas culturas. O
desenvolvimento subsequente dessas cul-
turas humanas é denominado história e ele
cita nessa obra como algumas importantes
revoluções definiram o curso da humanidade.
A Revolução Cognitiva deu início à história, há
cerca de 70 mil anos. A Revolução Agrícola a acelerou, por volta de 12 mil
anos atrás. Já a Revolução Científica, que começou há apenas 500 anos,
pode muito bem, segundo ele, colocar um fim à história e dar início a algo
completamente diferente.
E afinal é esse mesmo o conceito de revolução: uma mudança ou trans-
formação radical em relação ao passado que resulta como consequência
da evolução conjunta de processos científicos, econômicos e sociais e que
influenciatodososaspectosdavidacotidianadeumaououtramaneira. Mas
de todas as revoluções já registradas pelo homem nenhuma se compara em
termos de velocidade e disrupção de modelos à Revolução Digital.
A Revolução Digital, também conhecida como 4ª Revolução Industrial, é
bem diferente daquela primeira iniciada no século XVIII, que surgiu a partir
da criação das primeiras máquinas a vapor; ou da segunda (que no século
XX impulsionou a produção em massa a partir do surgimento da linha de
montagem); e mesmo da terceira (nascida a partir de 1970, junto à robótica e
automoção computacacional fazendo surgir a chamada era da informação).
Apesar de que a tecnologia é uma velha conhecida nossa, a quarta fase co-
meça a se estabelecer, na realidade, há apenas dois anos atrás. Isso mesmo.
Não parece, mas o marco da revolução digital é 2015, com a integração di-
gital em larga escala das cadeias de valores, onde se intensificou a interação
emtempo realdesereshumanosemáquinascomatecnologia. Entreos inú-
meros protagonistas dessa fase estão: big data, machine learning, impressão
3D, realidade aumentada, realidade virtual, veículos autônomos inteligentes
e Internet das Coisas (IoT).
Esse é apenas um breve resumo cronológico de como é espantosa a veloci-
dade com que o nosso contexto vemmudando a partir da Revolução Digital.
E o mais importante nesse processo é, não só a nossa capacidade de rápido
entendimento, como de absorção de novos conceitos, que sabemos que, em
pouco tempo, darão lugar a outros como uma evolução ininterrupta. É como
um upload constante do que considerávamos e denominávamos futuro.
Sérgio Rial, o novo presidente do Santander no Brasil, começou seu discurso
no Ciab desse ano com a sentença “O digital morreu”. Parece apocalíptico,
mas o que Rial quis dizer faz todo sentido. A transformação do analógico
para o digital já aconteceu. “Há uma grande diferença entre ser digital e estar
digital.Estardigitalboaparteestá.Odesafio residenadimensãohumanado
segmento que tem que lidar com um nível de transformação e decisão do
consumidor nunca antes vivido na história”, disse.
Não tem como negar que quem ainda está na fase de transição lenta de
analógico pra digital está perdendo um tempo precioso e pondo em risco o
seu negócio. Basta pensar que, nesse momento, enquanto você está lendo
esse editorial, mais de 3 bilhões de pessoas estão conectadas à internet. É
quase metade da população da Terra. Algumas estão fazendo compras,
outras conversando e interagindo em suas redes sociais, outras criando e
analisando informações e outras estão desenvolvendo um aplicativo que vai
mudar o mundo como você conhece. Exatamente, pela democratização da
internet novos players surgem no mercado e constroem impérios – derru-
bando outros – em muito pouco tempo. Graças também a uma geração de
empresas que já nasceu nesse ambiente digital.
Mark Weinberger, CEOGlobal da Ernest&Young, escreveu um arquivo mui-
to interessante sobre os 4 pilares que podem ajudar a sua empresa a encarar
de frente a revolução digital e que, na minha opinião, devemos ter escrito
bem em frente às nossas mesas para assimilar todos os dias. São eles:
1. Mude seu negócio antes que façam isso por você.
2. Toda empresa é agora também uma empresa de tecnologia.
3. Não tenha apenas um conjunto de dados: transforme isso em conheci-
mento.
4. Faça parcerias para somar forças.
O que nós vamos enfatizar nessa edição, bem como em todo o CMS Bu-
siness Revolution em 2017, é justamente o potencial, e não o temor a essa
revolução. A tecnologia pode ser a causa de muitos desafios atuais, mas, se
nós lidarmos com a questão da forma correta, também é uma solução.
Boa leitura!
elane cortez
Editora
EDITORIAL