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Para Safra, IA não é bolha e ciclo está apenas no começo

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Valor Econômico
14 de dezembro de 2025 - 12:12

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Banco criou uma área dedicada ao tema no seu time de análise

Com a megavalorização de empresas ligadas à inteligência artificial (IA) desde o ano passado – e os investimentos multibilionários anunciados por elas -, alguns analistas começam a alertar que a euforia pode estar um pouco exacerbada e que há o risco de uma bolha. Não é essa a visão do banco Safra, que criou uma área dedicada ao tema no seu time de análise, já lançou dois fundos e está estruturando outros produtos de investimentos para seus clientes.

Para Fernando Rabello, vice-presidente de investimentos do Safra, diferentemente do que ocorreu no estouro da bolha das empresas pontocom, no início dos anos 2000, as empresas de IA já monetizam seus serviços. “A internet realmente mudou o mundo, mas naquela ocasião ainda não estava claro como monetizar essa tecnologia, a sensação que dá é que se colocou o carro na frente dos bois. Com a IA é diferente, as empresas desse segmento já estão monetizando”, afirma.

O executivo diz que, se há 25 anos houve um frenesi de aberturas de capital (IPO) de empresas de tecnologia, por enquanto isso não está acontecendo com a IA. “Então não acho que estamos vivendo um momento de bolha, mas que estamos mais no começo do ciclo, ainda tem muito para acontecer.”

Para acompanhar a tese, na sexta-feira o Safra realizou o Artificial Intelligence Investment Day, que contou com a presença de nomes como Zack Kass, ex-diretor da OpenAI; Marc Raibert, diretor-executivo do Boston Dynamics AI Institute; e Eric O’Neill, ex-agente de contrainteligência do FBI.

O banco lançou o fundo multimercado Safra Inteligência Artificial em março do ano passado, que acumula alta de 317% do CDI. Já o Safra Nvidia Plus, lançado em dezembro, tem retorno de 267% do CDI. Esses veículos já captaram quase R$ 1,5 bilhão. “Acho que todos os investidores deveriam estar atentos a esse tema. É preciso ter a visão de quão revolucionária a IA vai ser e quão rápida é essa revolução. Não levar a sério, não olhar para isso, é o principal perigo. A IA transborda a área de tecnologia, ela vai mudar o mundo.”

Para Rabello, é possível fatiar o ciclo da IA em três fases: desenvolvimento da infraestrutura, definição de padrões e aplicações. No momento, os investimentos estão indo principalmente para a primeira fase, onde estão empresas como Nvidia, Oracle, Google e Microsoft. Nessa etapa também estão se beneficiando empresas de “data center”, e o Brasil, com uma matriz energética limpa, barata e estável, tende a se destacar. O banco analisa se é o caso de criar fundos para data center e, eventualmente, poderia até entrar com capital proprietário. “Estamos analisando diversos instrumentos, veículos. O que importa é a tese, analisamos várias maneiras de entrar nela.”

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