
Na visão de Marcelo Noronha, o estoque de crédito do país deve crescer em torno de 7% em 2026
O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou nesta terça-feira estar com uma visão “um pouquinho mais otimista” para a economia brasileira no ano que vem, com o desemprego controlado e a atividade mostrando menos sinais de desaceleração do que se esperava.
Na visão dele, o estoque de crédito do país deve crescer em torno de 7% em 2026 — uma desaceleração em relação a este ano, já que em 12 meses até outubro o saldo avançou 10,2.%, mas acima do que se projetava anteriormente.
“A carteira de crédito eu não acredito que vá ficar no patamar que se tinha previsto no passado mais para 6%. Acredito que ela vai estar mais para 7% de crescimento para o ano de 2026”, afirmou em evento com jornalistas.
O executivo não deu projeções para a carteira do Bradesco no próximo ano. Em 2025, o “guidance” é de crescimento de 4% a 8%.
Noronha ressaltou que o banco prevê um crescimento do PIB de 2% neste ano e ao redor de 1,5% em 2026. O desemprego deve ficar em torno de 6%, depois de a massa salarial ter aumentado em 2025. Para o câmbio, a projeção é de R$ 5,25 e, para a inflação, algo próximo de 3,8%, com o índice convergindo ao teto da meta, em 4,5%, já no fim deste ano. “Segundo os nossos economistas, olhando para aquela fórmula conhecida do Banco Central, quando olha para o primeiro trimestre de 2027, a gente já vê uma inflação convergindo ali para 3,2%”, acrescentou.
“Vamos aguardar, naturalmente, todos os movimentos que a gente tem para 2026, com as eleições”, disse Noronha, para quem o desafio do país é não ter uma relação dívida/PIB crescente.
O presidente do Bradesco também mencionou a evolução do banco em seu plano de transformação. “Vamos entregando e continuamos crescendo. É isso aqui que a gente vem fazendo e acreditando no futuro da nossa organização, um futuro cada vez melhor”, disse.
Noronha evitou falar sobre a liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada pelo Banco Central há duas semanas e que deverá impor uma conta de R$ 41 bilhões ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
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