
Na busca pelos profissionais mais qualificados do mercado, usuários do LinkedIn que não estão procurando emprego entraram na mira dos caçadores de talentos
Por: Cíntia Junges
Você está satisfeito com o seu trabalho e não pensa em trocar de emprego, mas saiba que os recrutadores podem estar dando uma espiadinha no seu perfil do LinkedIn. Dos 15 milhões de usuários do LinkedIn no Brasil, 80% não estão a procura de um novo emprego, mas estão na mira das empresas. Quando contatados com uma oportunidade de desenvolvimento de carreira, que inclui, é claro, um bom salário, eles aceitam conversar e ouvir o que as companhias têm a oferecer.
Quando se analisa o que as pessoas estão fazendo no LinkedIn, procurar emprego é só o oitavo item. Antes disso, elas estão mostrando sua identidade profissional, fazendo novos contatos de negócios, aprendendo sobre assuntos específicos, interagindo com outros profissionais, tendo insights relacionados à carreira e participando de grupos de discussão, explica o diretor da área de soluções de talentos do LinkedIn no Brasil, Milton Beck.
Banco de talentos
Para as empresas, o LinkedIn funciona como um grande banco de talentos. Em todo o mundo, são 259 milhões de profissionais conectados à rede social. No Brasil, a empresa acaba de anunciar 15 milhões de usuários com 100 mil novas adesões por semana. Com tantos profissionais reunidos num só lugar, os recrutadores têm, em questão de minutos, uma lista bastante heterogênea de perfis para avaliar e escolher. A rede social que começou com o objetivo de conectar profissionais, hoje tem mais da metade do seu faturamento proveniente de soluções de recrutamento para os RHs das empresas.
Segundo Beck, cada vez mais as empresas acreditam que ter os melhores profissionais é um fator de competitividade no mercado. E, na maioria dos casos, os profissionais que as companhias buscam para ocupar posições estratégicas já estão empregados. Esse, aliás, é um dos principais pontos da competição entre as empresas por trabalhadores qualificados. “As organizações estão em busca dos melhores profissionais, estejam eles empregados ou não. A diferença é que antes da chegada do LinkedIn, não existia uma forma de chegar a esses candidatos passivos (que não estão procurando emprego) que fosse econômica, em escala e com qualidade”, diz Beck.
Crescimento
Rede social acrescenta dois usuários por segundo
Se mesmo empregado você quer ser visto no mundo profissional, contatado por empresas com novas oportunidades, fazer contatos e estar por dentro do que acontece na sua área de atuação, ter um perfil no LinkedIn é imprescindível. Segundo Milton Beck, diretor da área de soluções de talentos da companhia no Brasil, são feitas por ano mais de cinco bilhões de buscas por nomes de pessoas no LinkedIn. “Normalmente quando você procura alguém no Google, a primeira coisa que aparece é o perfil dessa pessoa no Linkedin”, diz. Embora tenha sido criada com a finalidade de promover conexões profissionais e gerar relacionamento, a rede social virou uma grande vitrine profissional com mais de 259 milhões de profissionais em todo o mundo, crescendo a uma taxa de dois novos usuários por segundo. Segundo Beck, a rede já abrange quase um terço dos profissionais qualificados do mundo. Diante desse potencial, os recrutadores estão descobrindo que vasculhar a base de usuários do LinkedIn é uma ótima maneira de encontrar candidatos.
Desenvolvimento
Em três anos, o número de usuários passou de seis milhões para 15 milhões. Os clientes corporativos, naturalmente, avançam em ritmo menor que o número de usuários – de 250 para 600 em um ano. “O crescimento é significativo, mas ainda há um grande campo de desenvolvimento nessa área. Primeiro as empresas precisam identificar esses talentos. Depois, na hora de contatar o profissional, têm de ter uma boa marca de empregador senão ele não vem”, diz Beck.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.