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Caixa domina mercado de crédito no Grande ABC

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Diário do Grande ABC
29 de abril de 2014 - 18:04

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Por: Pedro Souza

A Caixa Econômica Federal é o banco preferido dos moradores e das empresas do Grande ABC quando o assunto é contratar crédito. Em seis das sete cidades, a instituição financeira pública tem a maior fatia de mercado. Isso considerando o saldo de empréstimos da região.

Para se ter noção do tamanho do estoque de crédito total dos municípios, ao fim de agosto, o BC (Banco Central) apurou R$ 19,76 bilhões. Este é o montante emprestado e que ainda não foi liquidado. Somente a Caixa é responsável por R$ 7,97 bilhões, portanto, 40% dos empréstimos no Grande ABC são realizados nas agências da instituição financeira estatal. Como comparação, na Capital, que contava com registros de 98 bancos, a Caixa detinha apenas 6,7% do estoque de crédito.

As informações são da Estban (Estatística Bancária) por município, do BC. Todos os números são referentes a agosto, último resultado disponível. Segundo a autoridade monetária, os dados contidos na Estban são informados pelas próprias instituições ao BC, “sendo de inteira responsabilidade das mesmas”.

A Estban aponta que nove instituições financeiras tinham registro de estoque de crédito no Grande ABC até o oitavo mês do ano. São elas: Banco do Brasil, Caixa, HSBC, Mercantil do Brasil, Citibank, Safra, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander.

O BB (Banco do Brasil), instituição controlada pelo governo federal, porém com ações negociadas na Bolsa de Valores, foi o segundo banco que mais emprestou dinheiro nas sete cidades, com 21% da participação de mercado, com estoque de R$ 4,33 bilhões. O Itaú Unibanco, segundo maior do País, atrás apenas do BB, era dono de 14% da fatia, com R$ 2,7 bilhões, o que lhe garantiu a terceira posição.

JUSTIFICATIVA – Gerente de Pessoa Jurídica da superintendência regional para o Grande ABC da Caixa, Ronny Peterson da Costa destaca que 2013 tem sido um forte propulsor para o saldo. O banco concedeu entre janeiro e setembro R$ 3,6 bilhões. Isso tendo em vista que R$ 1,4 bilhão refere-se a financiamentos imobiliários para pessoas físicas, R$ 902 milhões são outras operações de crédito para consumidores e, R$ 1,3 bilhão, empréstimos para empresas. “Estamos ampliando muito nossa atuação para as companhias”, garantiu.

Na avaliação do professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio, a Caixa não é só preferência no Grande ABC, mas também é nacional, principalmente pela sua atuação nos crédito para a compra da casa própria. “Ela é uma das ferramentas do governo federal para conduzir o SFH (Sistema Financeiro Habitacional)”, pontuou, lembrando que o banco é o principal agente de crédito para a compra de imóveis no País.

Segundo o documento do BC, financiamentos imobiliários, empréstimos para a construção de empreendimentos e financiamentos sem cobertura do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) foram responsáveis por R$ 5,48 bilhões do estoque de crédito. “Que são odos aqueles recursos que o banco emprestou e ainda não foram liquidados”, explicou Maskio.

O FCVS é uma espécie de reserva criada para compensar subsídios dados a mutuários do SFH, na década de 1980, como forma de combater os altos índices inflacionários e juros da época.

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