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11 de dezembro de 2025 - 17:12

Credito-habitacao-a-50-anos-nos-eua-a-vantagem-e-as-desvantagens-televendas-cobranca-1

Valor da prestação desce, mas boa parte da mensalidade paga ao banco é destinada a juros, sendo amortizado menos capital.

Poder pagar a casa ao banco a longo prazo, durante 50 anos. A ideia foi lançada pelo governo dos EUA, tendo sido alvo de críticas por parte de decisores políticos e economistas, que consideram que um crédito habitação mais longo resolve poucos problemas de base do mercado residencial, como a falta de oferta de casas e as elevadas taxas de juro.

Segundo a Euronews, Bill Pulte, diretor da Federal Housing Finance Agency (FHFA) – supervisiona a Fannie Mae e a Freddie Mac, que compram e garantem a grande maioria dos créditos habitação no país – escreveu no X que um empréstimo a 50 anos seria “uma completa mudança no jogo” para quem quer comprar casa.

Na prática, o aumento do prazo faria com que a prestação a pagar ao banco pelo financiamento baixasse. Feitas as contas, e tendo por base que o preço médio de venda de uma casa nos EUA é de 415.200 dólares (358.317 euros), com uma entrada de 10% e uma taxa de juro média de 6,17%, a prestação mensal num crédito a 30 anos seria de 2.288 dólares (1.974 euros), enquanto a 50 anos seria de 2.022 dólares (1.745 euros). Isto pressupondo que o banco não exigiria uma taxa de juro mais alta num crédito a 50 anos, devido ao prazo mais longo, refere a Euronews.

Se é verdade que o valor da mensalidade a pagar ao banco iria baixar, também é verdade que uma parte ainda maior da prestação num crédito a 50 anos seria destinada a juros, ou seja, demoraria 30 anos até o mutuário acumular 100.000 dólares (86.300 euros) em capital próprio, sem contar com a valorização do imóvel e a entrada. Num crédito a 30 anos, são precisos “apenas” 12 a 13 anos para acumular 100.000 dólares em capital próprio.

Uma opinião, de resto, partilhada por outros analistas, como por exemplo John Lovallo, da UBS Securities: “Alargar um crédito de 30 para 50 anos pode duplicar o montante de juros pago pelo comprador de uma casa de preço mediano ao longo da vida do empréstimo e abrandar significativamente a acumulação de capital”.

E mais: o dilatar do prazo faria com que muitos mutuários, os que compram casa com cerca de 40 anos – a idade média com que se contratualizam créditos habitação tem vindo a aumentar –, só a terminariam de pagar perto dos 90, o que complica a concessão de crédito por parte dos bancos.

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