
Por: Luciana Lima
Quem nunca fez um teste de quociente de inteligência – o famoso de QI – torcendo para que a pontuação fosse comparável a de gênios como Albert Einstein e Leonardo da Vinci? Todos almejavam por um bom QI. Mas isso mudou de figura quando a expressão ganhou seu sentido pejorativo e virou um “quem indica”. Nesse caso, o ‘QI’ remetia a alguém sem qualificação que conquista uma vaga de emprego por ter relacionamentos influentes. Porém, isso tem mudado. A prática da indicação foi adaptada e ganhou espaço dentro das empresas – inclusive em processos de estágios e trainees. Agora é positivo ter quem te indique. Segundo Maíra Habimorad, presidente da Cia de Talentos, consultoria especializada em jovens profissionais, de São Paulo, quando a indicação é feita de forma correta, respeitando os critérios da empresa e o perfil da vaga, traz ganhos para todos os envolvidos. “Antes os processos de seleção e as indicações eram tratados de forma separada, mas hoje são complementares”, afirma Maíra. De acordo com ela, a indicação é válida por promover uma espécie de triagem, já que quem trabalha na empresa conhece a cultura e o perfil esperado dos candidatos. Apesar de ser bem vista, a indicação não pode servir para que o candidato seja beneficiado. “Para tornar o processo legítimo, quem concorre à vaga deve passar por todas as etapas e disputar a posição de igual para igual com quem veio do mercado”, diz Maíra.
Na consultoriaPricewaterhouseCoopers (PwC), de São Paulo, o processo de indicação já faz parte da rotina. Dos 500 funcionários contratados pela empresa neste ano, 150 foram indicados, entre eles trainees e estagiários. “Ser indicado ajudou para que a adaptação ao trabalho fosse mais rápida”, afirma o advogado Lucas Carnaúba, de 25 anos que foi recomendado por uma colega da faculdade para o programa de trainee e depois de passar por todas as fases de seleção conquistou uma vaga em 2013. “O atrativo da indicação é buscar novos talentos para a empresa. Talento atrai talento e isso se impõe no processo de indicação”, diz Marcelo Sartori, diretor de RH da PwC Brasil.
Quando se é indicado você está recebendo um aval de que se enquadra no perfil da companhia, por isso busque se informar sobre as atividades e o setor de atuação da empresa e esforce-se para honrar quem confiou em você.
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Veja a seguir três atitudes para se tornar um profissional ‘indicável”
1. Use situações sociais, como encontros com amigos de infância, para falar sobre trabalho. Procure momentos para falar sobre sua vida profissional, mas sem ser insistente demais.
2. As redes sociais também podem servir para mostrar sua identidade profissional. Mantenha seu perfil sempre atualizado e procure compartilhar conteúdos que ressaltem as áreas profissionais que você tem afinidade.
3. Aproveite ao máximo o conteúdo teórico durante o período acadêmico buscando sempre se envolver em atividades extracurriculares e fazendo contatos com professores e alunos de outros cursos para ampliar sua rede de relacionamentos.
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