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17 de fevereiro de 2016 - 18:30

Pessimismo-ou-realidade-71-dos-executivos-do-segmento-de-credito-e-cobranca-preveem-mais-calotes-televendas-cobranca

O brasileiro entrou 2016 com o pé esquerdo. Diversos fatores que impactam o desenvolvimento econômico e político no País têm refletido cada vez mais no dia a dia do consumidor. Alta de juros, inflação e desemprego fizeram com que a população tivesse dificuldade até mesmo para pagar as contas essenciais, como água e luz. É o que mostra o levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgada no último dia 15, que constatou aumento da inadimplência em todas as regiões do País, especialmente no Nordeste, onde o número de calotes cresceu 6,86% em janeiro em comparação com o mesmo período no ano passado.

A informação, no entanto, não surpreende os executivos do mercado de Risco, Crédito e Cobrança, conforme mostra levantamento promovido pela GoOn com sua base de clientes, em relação às expectativas para o mercado sobre o primeiro trimestre deste ano. “A pesquisa foi importante para mostrar que, na verdade, os números que temos visto são os que estão norteando 2016. Pode até ter um ponto de vista pessimista, mas é um cenário real. Vimos desde o ano passado o crescimento da inadimplência, inflação e desemprego”, pontua Eduardo Tambellini, sócio da GoOn.

Nesta ocasião, 71% dos executivos afirmaram esperar aumento da inadimplência para os próximos meses em relação ao primeiro trimestre de 2015. Já em relação aos resultados no segmento de crédito, 57% dos entrevistados acreditam que a concessão também será reduzida de janeiro a março, ante comparação com o mesmo período de 2015. Apenas 16% acha que a concessão vai aumentar. “Conceder crédito é diretamente proporcional à confiança, e confiança é o fator mais impactante do momento. Com isso, as empresas estão cada vez mais precavidas no ingresso de novos clientes”, continua o sócio da GoOn.

A maioria dos consumidores endividados, porém, deve buscar negociar dívidas para que elas realmente “caibam no bolso” e, assim, possa efetivamente quitar pendências. Isso porque 47% dos executivos pretendem manter as taxas de juros e tarifas, enquanto 25% avaliam aumentá-las ainda mais nos próximos meses. “Quando você pensa em recuperação, o grande momento hoje não é simplesmente reforçar a cobrança só com as ações de cobrança. É ter produtos de renegociação, além de entender o porquê da inadimplência e a necessidade do devedor para solucionar a dívida”, pontua Tambellini.

A fim de aumentar a sustentabilidade do mercado, Tambellini critica ainda a dificuldade que as empresas paulistas enfrentam para negativar os consumidores, devido à Lei Estadual 15.659/2015, que muda o processo de negativação de inadimplentes no Estado de São Paulo. “Muitas empresas deixam de negativar, o que cria dificuldade de recuperação do crédito. Por outro lado, cria-se também a desconfiança na concessão, tendo em vista que a empresa não sabe se aquela pessoa não tem restrições e se é realmente um bom pagador”, finaliza.

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