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31 de janeiro de 2017 - 18:06

Correios-celular-sera-uma-operadora-para-a-classe-d-televendas-cobranca

Por: Fernando Paiva

A operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) dos Correios será lançada em fevereiro e se chamará Correios Celular. Seu foco estará nas classes C e D, tendo como diferencial a oferta de um plano simples e fácil de entender, aliado à confiança que esse público deposita na marca da empresa e à capilaridade de distribuição, com 12 mil agências espalhadas por todo o Brasil, explica Ara Minassian, coordenador do projeto Correios Celular. Além disso, a operação terá elementos de promoção de inclusão social e digital, cujos detalhes serão revelados quando do lançamento oficial da MVNO, daqui a um mês. Nessa primeira fase serão vendidos apenas planos pré-pagos, cujo chip e a recarga poderão ser comprados nas agências dos Correios. O lançamento será gradual, avançando aos poucos pelo Brasil. A meta é atingir 1 milhão de assinantes ao fim de 2017.

“Meu foco são as classes C e D, mas principalmente a D. Se for bem sucedido, a E vai entrar a reboque”, afirma Minassian. E acrescenta que pessoas que hoje não têm celular também estão na mira da empresa. “Os Correios têm 12 mil pontos de venda. Se comercializarmos 1 chip por dia em cada ponto, 1 milhão de usuários será pouco. Estamos preparados para prestar um bom serviço para uma base entre 1 a 1,2 milhão de pessoas. Se conseguirmos 2 milhões este ano será preocupante”, avalia o executivo.

Apesar de ter como público alvo as camadas sociais de menor renda, a Correios Celular não pretende entrar em guerra de preços com as demais operadoras. “Nossos diferenciais serão a simplicidade, a transparência para o cliente e a proximidade, com as nossas agências. E queremos promover a cidadania, levando inclusão digital e social para as classes D e E”, revela o executivo. Um focus group realizado pela empresa deixou claro que os brasileiros, de todas as idades, não confiam nas operadoras e estão insatisfeitos com o serviço de telefonia celular porque não entendem como gastam seus créditos. “A oferta de um serviço simples é um dos nossos pilares. O usuário precisa saber o que está consumindo”, argumenta. A ideia é deixar muito clara as quantidades de minutos, de Gigabytes e de mensagens de texto contidas no plano. Chamadas on-net e off-net terão o mesmo preço, ressalta. Não haverá comercialização de serviços de valor adicionado (SVAs), pelo menos nesse primeiro momento.

A força da marca dos Correios é também um ativo da empresa e foi um dos motivadores para a entrada no concorrido mercado de telefonia celular. “A família, o Corpo de Bombeiros e os Correios estão entre as instituições que mais gozam de confiança no Brasil”, afirma.

Rede

A Correios Celular será a primeira operadora móvel virtual no Brasil a atuar no regime de credenciada. Ela está associada a outra operadora, a EUTV, que cuidará de todos os sistemas operacionais e de billing. Os Correios se encarregarão do marketing e das vendas. Para fins regulatórios, os assinantes da Correios Celular serão, na verdade, assinantes da EUTV.

A EUTV tem uma licença na faixa de 2,5 GHz para operar telefonia celular em São Paulo e um acordo para uso da rede da TIM com abrangência nacional. Ela é conhecida pela sua atuação como MVNE, fornecendo a plataforma para outras operadoras virtuais, como a Veek, cujo lançamento comercial está previsto para março.

No modelo de credenciada, quem presta contas junto à Anatel é a EUTV. Se um dia a agência abrir um PADO (Procedimento de Apuração de Descumprimento de Obrigações), será para a EUTV, não para os Correios. De todo modo, os Correios precisam atentar ao cumprimento das regras de telecomunicações e também do Código de Defesa do Consumidor. Detalhes sobre a divisão da receita da Correios Celular entre EUTV e Correios não foram divulgados.

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1 Comentário
  1. Desnecessario isso, basta criar uma lei ou algo semelhante obrigando as operadoras a terem planos para as pessoas da classe D e E, mais simples e eficiente e, principalmente, economico pois, sabemos muito bem que, a criação de algo em estatal, vai gerar custos que vai sair do bolso do contribuinte ou seja, eu pagando imposto vou sustentar a nova empresa sem falar que ainda precisarei pagar para usar.

    sitenovo em 04 de fevereiro de 2017 - 16:26

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