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O que as empresas fazem para segurar os bons?

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Época
06 de janeiro de 2014 - 18:02

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Por: Suzane G. Frutuoso

O superior tem credibilidade diante de seus colaboradores. Inspira confiança. As ações da companhia são justas e há camaradagem entre áreas. A oportunidade de chegar mais longe está no horizonte. Para os mais jovens, reconhecimento é essencial.

Tatiane Shirazawa, diretora de relacionamento do Great Place to Work(GPTW), que premia as Melhores Empresas para Trabalhar GPTW, afirma que o cenário descrito é o comum das organizações que conseguem reter seus bons funcionários – e perfil constante das premiadas.

No ranking do Great Place to Work®, a taxa de rotatividade das empresas é de 28,5%, contra 53% do mercado. “Sinal de que há interesse em agradar os funcionários para mantê-los”, diz. Na entrevista a ÉPOCA, ela destaca a importância dos líderes para segurar talentos. E lembra que os profissionais disputados se interessam pelas organizações com preocupações ambientais e sociais.

De que maneira segurar atualmente os bons funcionários?

Tatiane Shirazawa – Focando em um conjunto. O ambiente de trabalho deve ser agradável. Significa que os funcionários confiam nas pessoas com quem trabalham. O líder tem credibilidade e os colaboradores se sentem respeitados. Eles também percebem senso de justiça nas ações da companhia e sentem orgulho do trabalho. Há camaradagem entre as áreas e semelhanças de objetivos.

Qual o perfil da empresa onde os profissionais permanecem por mais tempo?

Tatiane  – O líder é reflexo dos valores da empresa. Logo, podemos definir esse parâmetro pelo tipo de líder que se torna referência. Ele conquista a equipe graças à comunicação clara. É acessível, aberto ao contato direto com todos. É competente tanto na gestão de pessoas quanto nos negócios. Íntegro, cumpre o que promete. Assume seu papel com transparência e não se isenta de responsabilidades. Dá feedbacks constantes e estabelece relação de confiança com seus subordinados.

O que há 20 anos era fundamental para o profissional continuar na mesma empresa e, agora, perdeu importância?

Tatiane – As pessoas ainda desejam oportunidade de desenvolvimento. No ranking da GPTW, 87% dos participantes apontam a possibilidade de crescimento como algo essencial. Mas quando o questionário foi criado nos Estados Unidos, na década de 1980, uma das opções de resposta de uma das perguntas era “quero ficar aqui até me aposentar”. Mudamos para “desejo trabalhar aqui por muito tempo”. O profissional busca a estabilidade, mas não sem aprendizado constante.

É possível afirmar que a maioria das empresas no Brasil já se preocupa em oferecer um ambiente de trabalho de qualidade?

Tatiane – Ainda não é a maioria. Mas vem melhorando. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), a taxa de rotatividade nas empresas é de 53%. No ranking das melhores da GPTW, o número cai para 28,5%. Mesmo entre as que não são premiadas, mas se inscrevem na competição, a taxa fica em 36% (e foram 1.013 inscritas ano passado). Sinal de que há interesse em agradar os funcionários e esforços para mantê-los.

O brasileiro já leva em conta a escolha por uma empresa pensando quais são suas ações sociais e ambientais?

Tatiane – Especialmente aqueles que são talentos disputados pelo mercado e que podem escolher vagas. Ser boa empresa para trabalhar, portanto, é estratégia para atrair os melhores profissionais. E ser boa inclui ser responsável. O profissional sabe que seu perfil estará atrelado ao da empresa.

Como lidar com a Geração Y (jovens nascidos entre as décadas de 1980 e 1990), acostumada às mudanças velozes?

Tatiane – É um desafio. Novamente, destaco o papel do líder, que precisa compreender as diferentes personalidades que compõem sua equipe. Mas no caso específico da Geração Y, tão inserida na internet, as empresas estão utilizando muito as redes sociais no processo de contratação e de comunicação interna. Entre as melhores para trabalhar, os jovens são mais críticos. O índice de confiança dos funcionários com 25 anos ou menos é de 82%. Já entre aqueles com 45 anos ou mais o número fica em 86%.

E o que estes jovens esperam das empresas?

Tatiane – Entre as melhores para trabalhar percebemos que eles consideram muito a valorização, o reconhecimento e a justiça na hora das promoções, mais do que outras faixas etárias.

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