Depois de 21 anos no universo do empreendedorismo, nas mais diferentes funções, voltei para a corporação onde comecei a minha carreira, a IBM. Deixei de ser pedra e me tornei vidraça.
Quem está em uma corporação certamente conhece o termo Inovação Aberta. Criada por Henry Chesbrough em 2003, a Inovação Aberta entrou de mansinho no nosso dia a dia e se tornou uma daquelas coisas que muita gente fala, mas que a maioria não compreende.
De pronto, há 3 verbos que começam com “C” – os 3Cs – e que fazem toda a diferença para entender um pouco mais sobre o conceito de Inovação Aberta.
Começar
Comece com muito ou pouco. Comece certo ou errado. Comece sozinho ou acompanhado. Apenas comece.
Romper a inércia é mais importante do que executar o plano perfeito com um time admirável. Planejar é sempre bom. Manter-se fiel ao plano, não necessariamente. Tenha um plano maior, mas mantenha-se em constante adaptação. Como diz Bruce Lee:
“Se você passar muito tempo pensando em algo, nunca conseguirá fazê-lo. Faça diariamente pelo menos um movimento definitivo em direção ao seu objetivo.”
O caminho mostrará possibilidades e impossibilidades que nunca estiveram no plano. Comece a percorrê-lo e vá descobrindo. Haverá, também, interessantes descobertas pessoais.
Conectar
Em inovação, relacionamento é o nome do jogo.
Relacionamento com a mais vasta gama de pessoas físicas e jurídicas. Por isso, evangelize todas as suas conexões, tanto dentro como fora da empresa.
A conexão certa quase nunca aparece de imediato e nem tampouco é direta. É necessário abrir uma porta de cada vez, até que a trilha de contatos crie um vórtice positivo na sua direção.
Quando encontrar o sucesso, possivelmente você nem lembrará das portas em que bateu.
Conexão é chave. Corporações seguem processos e diferentes divisões possuem incentivos diferentes. Alinhar tudo isso requer paciência, inteligência, e acima de tudo, relacionamento – relacionamentos de sucesso se baseiam em encontrar interesses comuns, realçar semelhanças e respeitar diferenças.
Confiar
A confiança é o ativo mais importante. Confiança diminui atritos e reduz custos. Confiança permite saltos de fé.
É imperativo que você tenha confiança em si próprio e no que está fazendo, além de confiar nas pessoas com quem está se relacionando, dentro e fora da sua corporação. Confiança cria pontes, abre portas, ilumina o caminho. Confiança inspira e seduz.
Por isso, dê sempre o primeiro passo.
Entre com a guarda aberta.
Esteja disposto a dar antes de receber.
Seja sempre positivo e busque o lado do possível.
Os sucessos tornarão irrelevantes os eventuais fracassos.
Lembre-se que problemas acontecem sempre, porém, raramente alguém fica com raiva por conta dos problemas, mas por como eles são tratados e o quão honesto e transparente é a condução do processo.
Inovação aberta é menos “fazer fazendo os outros fazerem”, e mais “fazer além do que os outros estão fazendo”.
Após começar, seja obstinado nesta jornada de conectar e confiar. Os resultados não virão diariamente, mas com o passar de muitos deles. Não há trilhos, mas trilhas que indicam para onde ir. Você construirá seu caminho de forma única. As recompensas justificarão seu investimento.
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