Enquanto o número de anúncios de emprego solicitando conhecimento no mundo virtual em 3D aumenta mais de 1.000%, EXAME oferece aulas sobre o tema
Óculos, lentes de contato e fones de ouvido capazes de proporcionar experiências imersivas. Projetores de hologramas capazes de trazer bandas para dentro de casa, ou levar os colaboradores de uma empresa para participar de treinamentos em ambientes que fundem os ambientes físico e digital.
Marcas de refrigerante desenvolvidas exclusivamente para o metaverso. Obras de arte negociadas com certificados de exclusividade em tokiens não fungíveis, os NFT. Novas redes sociais, baseadas na interação de avatares digitais e tridimensionais.
Este é o futuro, segundo o PewResearch Center (PRC), um thinktank localizado em Washington. A organização acaba de publicar uma análise, chamada The Metaverse in 2040, que mapeia tendências e destrincha possibilidades da nova web 3.0, projetadas para daqui a 18 anos.
Com base em entrevistas com 624 especialistas em inovação, identificou que, para 54% dos participantes, o metaverso vai alcançar um nível de aderência e sofisticação capaz de fazer com que ele se torne parte da rotina diária de pelo menos meio bilhão de pessoas. “Não consigo imaginar um futuro em que as pessoas abram mão de interagir com conteúdos em 3D na internet”, defendeu, por exemplo, Oliver Bush, diretor de agências e ecossistemas para a Meta (o novo nome do Facebook, definido precisamente porque a empresa enxerga no metaverso a tendência para o futuro).
Já o futurista Jamais Cascio, pesquisador do Institute for The Future e considerado pela revista ForeignPolicy como um dos 100 mais relevantes pensadores da atualidade, defende: “Até 2040, as tecnologias que se enquadram na característica de ‘metaverso’ serão de uso corriqueiro, mesmo que o próprio termo ‘metaverso’ tenha sido abandonado”. Ou seja: será tão corriqueiro que o nome poderá nem sequer ser mais utilizado.
Oportunidade única
No momento em que o metaverso estiver consolidado como uma nova forma de se relacionar, estudar, trabalhar, consumir e se entreter, praticamente todas as profissões, atuais ou futuras, de tecnologia ou de outras áreas, terão um pé no mundo digital 3D.
Nem será necessário esperar até 2040: este fenômeno está acontecendo agora e, até 2030, vai movimentar um mercado estimado pela consultoria McKinsey em US$ 5 trilhões. Apenas no período de novembro de 2020 e novembro de 2021, segundo a plataforma Indeed, o número de anúncios de vagas de emprego que mencionam a expressão “metaverso” cresceu espantosos 1.042%. Quem reposicionar sua carreira na direção desta oportunidade vai estar mais bem colocado no futuro.
O metaverso vai precisar de arquitetos, advogados, economistas, desenvolvedores, designers, vendedores, comunicadores, especialistas em RH, administradores, fotógrafos, chefs, especialistas em saúde, especialistas em e-commerce e experiência do consumidor. A transição não será automática: será preciso se preparar para fazer parte dela – e, assim, crescer na carreira e ganhar mais dinheiro.
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