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01 de fevereiro de 2022 - 17:00

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Departamentos de Recursos Humanos mostram interesse em mudar processos seletivos, mas têm desafio de “espalhar” nova cultura nas empresas

Na hora de fazer uma seleção, recrutadores e líderes podem até se esforçar para serem imparciais e focar em habilidades, sejam técnicas ou comportamentais, mas abrir mão dos vieses que levam à preferência de determinados perfis de candidatos é difícil. Justamente porque eles são inconscientes.

Uma pesquisa feita pela Kenoby, empresa de softwares para recrutamento e seleção, mostra que reduzir esse comportamento impregnado nos processos seletivos é uma prioridade para 73,9% dos executivos.

Os profissionais que participaram da pesquisa também afirmam que essa já é uma preocupação de suas empresas e está na lista de avanços que os setores de Recursos Humanos deverão ter no ano.

O viés inconsciente pode envolver preconceitos relacionados à aparência física, racismo e preferências por determinadas personalidades. Além disso, o favoritismo a determinadas universidades e escolas também entra na lista.

“A gente percebe que as áreas de Recursos Humanos estão conscientes, sabem dos prejuízos do viés inconsciente, mas têm o desafio de levar isso para toda a empresa e educar a alta liderança de que isso é indicador que deve ser acompanhando”, explica Felipe Sobral, diretor de marketing da Kenoby.

Na visão de Sobral, essa mudança cultural passa por “explicar” à liderança que as indicações de nomes – ou de um perfil ideal para a vaga – pode até garantir uma contratação mais rápida, mas reforça vieses e isso impede a diversidade.

No caso do racismo estrutural, uma das ferramentas apontadas como promissoras é a contratação às cegas. Apesar de ser uma ferramenta que pode ajudar a melhorar a representavidade de negros em empresas, ela é vista como insuficiente para garantir igualdade racial. No Brasil, pretos e pardos estão em apenas 29,9% das funções de gerência.

Outra ferramenta que ajuda a reduzir vieses é a seleção por afinidade cultural, em que o mais importante é a sintonia entre a cultura de trabalho da empresa e do candidato.

Tanto ferramentas de seleção às cegas, apesar de serem apontadas como controversas, quanto softwares de recrutamento que favorecem o “match” cultural são mudanças possíveis graças à tecnologia, que é uma nova fronteira para os departamentos de Recursos Humanos.

A pesquisa feita pela Kenoby também mostra que quase metade das empresas (45,8%) pretendem investir em tecnologia para a gestão de pessoas e já tem um planejamento para isso.

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