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ABC Brasil fica mais seletivo em crédito, mas inadimplência sobe

por: Afonso Bazolli
em: Cobrança
fonte: Valor Econômico
16 de fevereiro de 2016 - 18:05

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Por: Felipe Marques

Com a perspectiva de que a inadimplência das empresas não dê folga neste ano, o banco ABC Brasil restringiu ainda mais os critérios de aprovação de crédito no fim de 2015. “Em decorrência da revisão de expectativas para 2016, apertamos ainda mais os padrões de crédito do banco e a consequência foi a redução da carteira de crédito”, diz Sérgio Lulia Jacob, vice-presidente executivo do ABC Brasil. Entre setembro e dezembro do ano passado, a carteira expandida de crédito do banco encolheu 0,9%, para R$ 21,53 bilhões.

A instituição financeira registrou lucro líquido recorrente de R$ 371,8 milhões em 2015, 17,4% mais que em 2014. No quarto trimestre, o resultado foi de R$ 105,5 milhões, cifra 28,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

Em paralelo à adoção de exigências mais severas para aprovação de crédito, o banco viu sua inadimplência voltar a subir no quarto trimestre e acredita que o indicador não deve dar alívio neste ano. “Em 2016, é difícil imaginar um cenário de melhora da qualidade do crédito”, afirmou Lulia. “A inadimplência deve ficar acima da média histórica, mas em nível parecido com o de 2015.”

A inadimplência subiu no quarto trimestre, depois de cair entre julho e setembro. O índice saiu de 0,71% em setembro para 1,05% em dezembro. Em junho, estava em 1,3%. Já as despesas com provisão para devedores duvidosos subiram 20,2% entre o terceiro e o quarto trimestres, para R$ 48,6 milhões.

“O aumento no trimestre foi resultado de alguns casos específicos que pioraram de um trimestre para outro e não necessariamente é uma tendência de que o indicador vá aumentar nessa proporção daqui para frente”, afirmou Lulia. “Com a situação macro, a situação de empresas se deteriorou.”

Ainda que com critérios mais rígidos de aprovação de crédito, o banco aposta em uma retomada do crescimento da carteira daqui para frente. A expectativa é que ela avance entre 2% a 7% em 2016 como um todo, depois de crescer 4,7% no acumulado de 2015. “Dado o cenário mais restritivo de fontes de financiamento para empresas, temos conseguido fechar negócios com empresas que não operávamos antes, porque o spread da operação não compensava o custo de alocar capital do banco. No cenário em que estamos, operar com essas empresas passou a ser viável para o banco”, afirma Lulia.

Apesar da pressão dos calotes, o banco promete um nível de rentabilidade muito acima dos demais bancos de médio porte. O retorno sobre patrimônio da instituição saiu de 15,2% em dezembro de 2014 para 17% um ano depois. “A rentabilidade em 2016 deve oscilar em função de alguns fatores, em especial a dificuldade de crédito, mas a probabilidade de ficar ao redor de 15% é muito alta”, diz Alexandre Yoshiaki Sinzato, diretor de relações com investidores.

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