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Compras de títulos disparam mesmo com juro menor

por: Afonso Bazolli
em: Cobrança
fonte: Valor Econômico
28 de julho de 2013 - 14:10

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Os diversos segmentos de investidores aproveitaram as taxas atrativas do Tesouro Nacional no mês de junho e aumentaram significativamente as compras de títulos públicos federais. Ao mesmo tempo, a rentabilidade geral marcada no mercado nos últimos doze meses ficou em apenas 5,4%, segundo dados do relatório mensal da dívida pública do governo.

Há doze meses o preço dos títulos públicos estava mais alto e a rentabilidade prometida era menor. Agora em junho, o valor dos papéis ficou menor e o juro proposto está melhor. Todos foram às compras, bancos, assets [gestoras], seguradoras e pessoas físicas de private banking [milionários], e os estrangeiros, esses últimos por causa da retirada do IOF [imposto sobre operações financeiras], argumentou o gerente de renda fixa da corretora Um Investimentos, André Mallet.

De fato, a compra de títulos públicos pela internet pelo programa Tesouro Direto cresceu 91,5% no último mês, de R$ 189,3 milhões em maio para R$ 362,6 milhões em junho e aplicação ganhou 3.873 novos investidores.

Segundo o Tesouro Nacional, a posição dos estrangeiros avançou R$ 10,5 bilhões, do montante de R$ 264,69 bilhões em maio para R$ 275,18 bilhões em junho. Já as tesourarias das instituições financeiras aumentaram a posição em R$ 35,28 bilhões no mês, de R$ 523,71 bilhões em maio para R$ 558,99 bilhões no último mês.

A posição dos investidores de previdência cresceu R$ 4,24 bilhões, de R$ R$ 322,43 bilhões para R$ 326,67 bilhões, enquanto a posição das seguradoras evoluiu R$ 2,2 bilhões, de R$ 78,25 bilhões em maio para R$ 80,25 bilhões no último mês de junho.

Mallet explicou que em determinados momentos do mês anterior, o Tesouro chegou a prometer taxas reais de 5,5% ao ano mais a variação da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que atraiu muitos compradores.

Há um ano, essas taxas reais das NTN-Bs [Notas do Tesouro Nacional série-B] estavam entre 3% e 3,5% ao ano, chegaram a 5,5% ao ano em junho, e agora em julho recuaram um pouco, mas estão próximas de 5% ao ano, o que é um bom rendimento, diz.

Em junho, no Tesouro Direto, 55,2% dos títulos adquiridos por pessoas físicas eram indexados à inflação (NTN-Bs), os prefixados (LTNs) foram preferidos em 28,9% das compras, e os pós-fixados (LFTs) representaram 15,9% do volume adquirido no mês.

O executivo acredita que os estrangeiros vão continuar com compras fortes no segundo semestre. Mas o mercado local está dividido sobre a continuidade da alta dos juros. A Selic [taxa básica] está precificada para ir a 9% na próxima reunião do Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central], mas há dúvidas do mercado sobre a elevação para 9,5% ao ano, contextualizou.

Em seis meses de 2013, percentualmente, as seguradoras foram a que mais aumentaram a posição em títulos públicos com um avanço de 7,05%, seguido pelos investidores de previdência com crescimento de 6,66%, enquanto os estrangeiros aumentaram a posição em 4,63%, mas concentrada no último mês de junho.

As 353.997 pessoas físicas cadastradas no Tesouro Direto tiveram uma evolução de estoque de 4,01% no primeiro semestre, de R$ 9,584 bilhões em dezembro de 2012 para R$ 9,968 bilhões ao final do primeiro semestre de 2013.

Para o médio e longo prazo, o Tesouro é um ótimo investimento em relação a poupança e fundos. Já tem mais clientes ativos que a Bolsa. Em dois anos, o número de investidores poderá alcançar um milhão, projeta o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Na ponta contrária, as tesourarias dos bancos ainda apresentam retração de 3,08% no valor de mercado de seus títulos públicos, a carteira das instituições financeiras era de R$ 596,8 bilhões ao final de dezembro de 2012.

Os fundos de investimentos também apresentaram retração de 3,94% no primeiro semestre do ano. O valor de mercado dos títulos públicos detidos por fundos em dezembro do ano passado estava em R$ 472,49 bilhões.

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