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Diferentes formas de cobrar seu cliente

por: Afonso Bazolli
em: Cobrança
fonte: Venda Mais
26 de maio de 2015 - 18:09

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Por: Francine Pereira

No início, tudo parecia muito simples: se você precisasse de batatas, era só trocar com seu colega por um punhado de sal. Se alguém precisasse de peixe, poderia levar um quilo do seu cardume em troca de outra mercadoria que você estivesse precisando. Assim começaram as primeiras transações do comércio. Essa troca era chamada “escambo”.

Mas essas operações começaram a ficar mais complexas: nem sempre os itens da troca satisfaziam as necessidades dos envolvidos. Foi aí que surgiu o conceito de “moeda”. O dinheiro surgiu como a representação do valor de uma mercadoria. Então, ao invés de trocar por outro produto, os comerciantes começaram a pedir dinheiro em troca do que estavam oferecendo.

Bom, o resto da história você já sabe, pois ela continua a formar os atuais conceitos de mercado e economia que temos atualmente.

Acontece que, com o passar do tempo, a noção de valor do dinheiro e da mercadoria foram se modificando – de acordo com necessidades, regiões, culturas, etc. Você sabia, por exemplo, que tem gente trocando refeições por likes no Instagram? E há ainda empresas que não perdem tempo pensando em quanto vale seu produto. Ao invés disso, perguntam aos seus consumidores quanto eles acham que deveriam pagar. Como e por que essas empresas fazem isso? É o que vamos explicar nesta reportagem.

Quer pagar quanto?

Aposto que você já viu alguém dar uma nota de avaliação a um prato depois de saboreá-lo. E se, ao invés de notas, as pessoas pudessem escolher quanto iriam pagar pelo que comeram? Foi exatamente essa a ideia do Chef João Soto Bello, do Carmina Bistrô Bar. Assim surgiu a promoção “Quanto vale o prato?”, que acontece toda quinta-feira no restaurante que fica em Curitiba (PR).

Beatrice Takashina, proprietária do Carmina, esclarece o objetivo da promoção: “Nosso Chef sempre testa coisas novas. Ele viu que essa ação poderia ser uma brincadeira em que, ao mesmo tempo que faz o teste dos novos pratos, recebe sugestões e críticas dos consumidores e, assim, pode melhorar o prato para depois colocá-lo no cardápio fixo”.

Beatrice explica ainda que, na hora de pagar a conta, o cliente preenche um papel com o valor que ele mesmo estipulou para o prato e escreve uma explicação para o seu preço, dizendo o que achou da refeição. A proprietária afirma que não há um valor mínimo estabelecido, mas que os clientes nunca pagaram menos de R$ 20. “Nosso público é muito bom, tem muita noção e educação. Geralmente, baseiam-se no preço do cardápio ou nos ingredientes usados para formarem seus preços”.

A ação ajuda a trazer novos clientes para o restaurante e, de quebra, cativa-os, fazendo com que a fidelização aconteça naturalmente.

O preço de um cafezinho

A pergunta feita no Carmina é a mesmo feita no Curto Café, no Rio de Janeiro (RJ). Lá, os consumidores também escolhem quanto irão pagar. Ao invés de embutir no preço do café os custos que eles têm para manter o estabelecimento, os quatro sócios tiveram uma ideia diferente. Quem chega no Curto Café sabe exatamente quais são as despesas do mês: quanto terão que gastar com luz, água, aluguel, internet, equipamentos e assim por diante. Dessa forma, o cliente fica ciente dos custos do estabelecimento e leva isso em consideração na hora de estipular seu preço. É um modelo de gestão compartilhada com o consumidor. Segundo os fundadores do Curto Café, a base é a confiança.

Já no La Petite Syrah, um restaurante da cidade de Nice, na França, a base é a gentileza. Se você chegar no estabelecimento e pedir ao atendente “Um café”, sua conta será de 7 euros. Já se adicionar gentileza ao pedido e solicitar “Um café, por favor”, pagará 4,25 euros. Ou seja, um desconto de cerca de 60% só por ser um cliente gentil.

Também no sentido de compartilhar os gastos, o café Ziferblat, com filiais na Rússia e em Londres, tem um conceito ainda mais diferenciado na hora de cobrar seus clientes. Quem estiver lá pode consumir à vontade os cafés e lanches disponibilizados ou, se quiser, pode ainda fazer sua própria comida na cozinha. O que ele paga pelo que consome? Nada. O Ziferblat cobra apenas o tempo que o cliente ficou no estabelecimento. Quando o consumidor entra, recebe um relógio para controlar o tempo de permanência. Em Londres, são cobrados cerca de R$ 0,10 por minuto (3 pences). De acordo com Ivan Mitin, proprietário do local, é como se cada cliente fosse um microinquilino do negócio.

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