
Ao mesmo tempo, a Capital cearense aparece em segundo lugar no índice de famílias endividadas
Por: Ana Beatriz Sugette
Embora esteja vivendo um cenário não muito favorável no que se refere aos compromissos financeiros dos consumidores, a pesquisa Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), aponta Fortaleza como a Capital com menor número de famílias com dívidas em atraso do Nordeste. O estudo faz a comparação entre o ano passado e 2011.
Com índice de 15%, a Capital cearense lidera o ranking seguida de João Pessoa (18%), Recife (20%), Teresina (21%), Maceió (26%), Natal (26%), Salvador (27%), São Luís (27%) e Aracaju (45%).
Fortaleza aparece ainda no topo da lista de valores médios referentes às dívidas em reais do Nordeste. Com menor valor (R$ 1.409), a Capital fica à frente principalmente de São Luís (R$ 1.489) e Maceió (R$ 1.529). Mesmo à frente de duas listas, a Capital cearense aparece em segundo lugar no índice de famílias endividadas no Nordeste (52%), com 361.873 lares.
Já em relação ao cenário apresentado em julho deste ano, conforme matéria publicada no Diário do Nordeste no último sábado (13), a inadimplência atingiu 6% dos consumidores, índice que não era visto desde junho do ano passado, ou seja nos últimos 13 meses.
De acordo com o economista Alex Araújo, o que aconteceu no ano passado se deu em função da baixa atividade do comércio no primeiro semestre.
“Em 2012 iniciamos o ano com o nível de vendas muito ruim e, somente depois de uma série de medidas do Governo Federal é que tivemos o faturamento crescendo, refletindo no endividamento do consumidor”, explica Araújo.
O economista afirma ainda que o desempenho do primeiro semestre do ano passado se estendeu até julho deste ano. “Foi uma aceleração nos últimos meses do ano que se manteve no primeiro semestre deste e culminou em julho”, completa.
Consumo deve cair
Sobre os próximos meses, Alex, afirma que o consumo deve dar uma desacelerada. “Ao menos no curto prazo deve diminuir, em agosto e setembro, pois o consumidor voltou a reduzir o volume de compras. O efeito nisso é um ajuste no nível de endividamento geral. Há uma certa preocupação das pessoas porque a economia está desacelerando”, prevê.

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