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Itaú prevê despesa menor com provisões em 2017

por: Afonso Bazolli
em: Cobrança
fonte: Valor Econômico
13 de novembro de 2016 - 14:08

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Por: Vinícius Pinheiro, Talita Moreira e Felipe Marques

Com os indicadores de qualidade de crédito das famílias se recuperando em velocidade acima do esperado, o Itaú Unibanco sinalizou a analistas que vai gastar menos para fazer frente à inadimplência no ano que vem. A surpresa positiva melhorou até as expectativas para as despesas com provisão já em 2016. O banco agora cogita a possibilidade de terminar o ano gastando menos do que previa originalmente nessa linha.

Nos nove primeiros meses deste ano, o maior banco privado do país gastou R$ 17,6 bilhões em provisões contra calotes, já líquidas das recuperações de crédito. É um volume 24,5% maior que o de igual período do ano passado. A expectativa do banco é encerrar 2016 gastando entre R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões.

Eduardo Vassimon, vice-presidente-executivo da instituição afirmou que as despesas devem ficar perto do piso das projeções feitas pelo banco para este ano ou até “ligeiramente abaixo”. Em ocasiões anteriores, o discurso do banco era que os gastos ficariam entre o centro e o piso da projeção. Ele acrescentou que o nível de despesas com provisão em 2017 tende a ser menor que o de 2016, em termos nominais. “Se vai ser muito ou pouco a gente não dimensionou.”

O Credit Suisse aposta que o resultado do Itaú para 2017 pode ser maior que o esperado. “Após resultados e teleconferências, em uma base preliminar, vemos um risco de os resultados de 2017 superarem em 6%, 8%, nossa estimativa, de R$ 21,5 bilhões”, escrevem Marcelo Telles, Lucas Lopes e Alonso Garcia. Para eles, a despesa de provisão do banco pode ser próxima de R$ 20 bilhões no ano que vem.

Vassimon voltou a afirmar que espera crescimento do crédito em 2017. “Achamos que essa recuperação será gradual, não vemos nenhum crescimento mais robusto no curto prazo”, disse. Segundo ele, o banco trabalha em seu orçamento interno com uma estimativa de crescimento de 1,5% de PIB em 2017, mais conservadora do que a feita pela área econômica do banco, que espera alta para 2% para a economia brasileira em 2017.

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