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05 de novembro de 2013 - 18:03

Quitacao-de-dividas-aumenta-7-4-no-recife-em-2013-televendas-cobranca

Média nacional da recuperação de débitos, no mesmo período, é de 4,2%.

Estudo da Boa Vista Serviços também mostra que mais gente está devendo.

Comparação de preços, pechinchas, pagamento à vista, uso do crédito com responsabilidade e dentro do que o orçamento doméstico permite. Essas são as regras da balconista Ireide Silva para não se endividar quando faz compras. “Estou fazendo mais pesquisas, procurando onde está mais barato, e só compro se dá no orçamento. Eu só tenho um cartão de crédito, sou bem controlada. Sempre que dá pago em dinheiro, faço tudo para não parar no SPC”, relatou. Ireide faz parte de um perfil de consumidor que está crescendo, segundo dados divulgados este mês pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

De acordo com a administradora, o pagamento de dívidas no Recife cresceu 7,4% entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2012. Pernambuco mostra alta de 6,4% e a região Nordeste de 8,6%. A média da recuperação de dívidas no Brasil, neste mesmo comparativo, é de 4,2%. “Isso indica que houve, pelo menos neste ano, uma cautela maior entre os consumidores brasileiros no uso do crédito, eles também aproveitaram as boas condições do mercado de trabalho e juros mais baixos para pagar contas, renegociar dívidas”, explicou o economista da Boa Vista Serviços, Flavio Calife.

Se por um lado tem mais gente limpando o nome na cidade, por outro também tem mais gente entrando no SPC. O número de pessoas que não pagam suas dívidas no Recife aumentou 2%, no acumulado de janeiro a julho. É o caso da diarista Vera Lúcia Soares, para quem um assalto e o nascimento da neta atrapalharam o orçamento já apertado. Ela acabou sem pagar R$ 80 que devia a uma revendedora de roupas íntimas. “Só fui saber que estava com o nome sujo quando fui abrir cartão numa loja e foi negado, agora só consigo quando resolver essa pendência”, contou.

O caso de Vera não é isolado. A expansão do crédito e a falta de habilidade na hora de usá-lo contribuíram para o crescimento dos inadimplentes não só na capital, como também em Pernambuco, que alcançou alta de 2,9%, e na região Nordeste, com média de 5,9%. Essas taxas estão na contramão do comportamento médio observado no País que, neste mesmo período, teve queda de 1,3%. “Esse aumento está relacionado tanto com a expansão do crédito quanto à pouca experiência no uso do crédito, fenômeno que começou no Sul e Sudeste do Brasil, vem se espalhando pelo Norte e Nordeste, e é bom possível que ocorra futuramente no Centro-Oeste. À medida que o fluxo de crédito for se equilibrando, a tendência é que esses números sejam mais próximos da média nacional, o que pode acontecer até o final do ano”, apontou Flavio Calife.

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