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Cupons ajudam a alavancar vendas

por: Afonso Bazolli
fonte: Valor Econômico
05 de outubro de 2016 - 18:08

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Por: Martha Funke

Passada a febre das compras coletivas, os cupons de desconto assumiram papel de mídia de performance, paga de acordo com resultados, com uso consistente pelas empresas e consciente por parte dos consumidores. Para o fundador do SaveMe, Guilherme Wrocklawski, um dos legados da compra coletiva foi trazer os serviços para o e-commerce. Outro, a estrat

Passada a febre das compras coletivas, os cupons de desconto assumiram papel de mídia de performance, paga de acordo com resultados, com uso consistente pelas empresas e consciente por parte dos consumidores. Para o fundador do SaveMe, Guilherme Wrocklawski, um dos legados da compra coletiva foi trazer os serviços para o e-commerce. Outro, a estratégia de cupons.

O SaveMe tem quase 3 milhões de usuários, cresceu 30% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano anterior, foi comprado pelo Buscapé e, mais tarde, reproduziu o movimento adquirindo 75% do portal de descontos em moda, Moda it. “Em cenário de crise, é importante ter controle sobre os investimentos. Com cupom, sempre se sabe quanto vai ganhar”, diz ele.

No Madrugão, loja on-line de suplementos alimentares, o uso dos cupons é essencial para a geração de tráfego. “A estratégia busca trazer novos visitantes qualificados e com alto potencial para fechar uma compra”, explica o gerente de marketing, Otávio Kiel. O bounce rate (visitantes que entram no site e saem imediatamente) de 23% indica que quase 80% do tráfego gerado de cupons foi aproveitado. Além disso, a taxa de conversão chega a 13,5%, segundo Kiel.

Uma das vantagens é que o varejista só paga pelos cupons convertidos em vendas. Em alguns casos, nem isso. A Cuponomia, por exemplo, criada em 2012 por um dos fundadores do Groupon, Antonio Jorge Miranda, não cobra nada de pequenos – o porte está relacionado ao volume de resgate de cupons. “Recentemente, começamos a cobrar da Telhanorte “, observa o empresário. A publicação é automática no portal da marca, mas o anunciante também pode investir para ter “loja” própria no portal e melhor colocação na home page. Com mais de duas mil lojas cadastradas e mais de dez milhões de cupons utilizados, a marca espera gerar mais R$ 400 milhões em vendas este ano, sem contar os pequenos não pagantes.

Ainda este ano, a Cuponomia pretende lançar aplicativo para os usuários. O Meu Cupom já oferece plugin para navegadores, que avisa potenciais compradores que categoria, loja ou produto de seu interesse tem código de desconto disponível. O site cobra comissão de 1% a 20% sobre as vendas e está criando plataforma self service para atender empresas de menor porte. “A disponibilidade de cupons aumenta a chance de conversão de vendas em até 50%”, afirma o CEO Vitor Clemon.

O Baixou também dispõe de plugin para navegadores, com funcionalidades extras – além de indicar cupons, oferece comparação de preços com outras lojas, gráficos para indicar quanto o produto já custou no passado, monitoramento de preços com aviso por e-mail ou SMS. Mas por enquanto a plataforma, lançada em 2011, está disponível só para grandes anunciantes, diz o CEO Patrick Nogueira.

A Cuponeria, por sua vez, emprega aplicativo com capacidade de geolocalização para avisar consumidores da existência de ofertas em uma determinada região – ao contrário dos demais portais de cupons, 70% de seus clientes são estabelecimentos físicos. A empresa foi criada em 2010 e gera economia anual em torno de R$ 30 milhões para os consumidores, segundo o CEO Thiago Brandão, com campanhas como o Festival do Hambúrguer, com mais de cem mil cupons diários levando consumidores a gigantes como McDonald’s e pequenas lanchonetes de bairro, ou o Cupom Mania, com mais de 140 cupons oferecendo desconto médio de 30% para produtos de supermercados. “Hoje, são mais de 900 ofertas ativas. Tirando supermercados, 55% são empresas menores”, contabiliza Thiago. A marca tem cerca de 1 milhão de usuários, com 300 mil usuários do aplicativo.

Para Maria Fernanda Junqueira, CEO da Cuponation, marca do grupo Rocket presente em 16 países, o uso de cupons em apoio ao e-commerce ajuda a alavancar vendas, aumentar a conversão com redução de abandono do carrinho, aumentar o ticket médio com estratégias como descontos progressivos, fidelizar clientes e gerir estoques. De quebra, funciona como canal de marketing, ajudando a exposição a uma extensa base de compradores que acessa o portal em busca de oportunidades oferecidas pelas 2,6 mil lojas. Segundo ela, levantamento feito no ano passado apontou que os cupons convertem em média 52% mais que as ofertas simples, que o portal também publica. O pagamento é feito com comissão sobre as vendas, girando entre 3% e 30%. “São mais de cinco mil vouchers no ar”, diz a executiva.

Já o Méliuz oferece tanto cupons de desconto quanto cashback e também a devolução de parte do valor pago pelo consumidor, considerado seu carro-chefe. Tem mais de 1 milhão de cadastrados, para os quais, no ano passado, gerou mais de R$ 160 milhões em vantagens. Este ano, caminha para alcançar R$ 400 milhões. “Agora, estamos focados em trazer mais lojas pequenas e médias”, conta o cofundador Israel Salmen.

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