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Aliança com BB é ‘positiva’ para Cielo, diz Moody’s

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Valor Econômico
09 de dezembro de 2014 - 18:07

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Por: Felipe Marques

A agência de classificação de risco Moody’s afirmou que é positiva para a Cielo a criação de joint-venture com o Banco do Brasil (BB), para gestão das transações de cartões de crédito e débito do banco. O movimento, porém, não tem impactos imediatos na nota de risco da credenciadora de cartões.

Na escala da agência, a nota de longo prazo em moeda estrangeira da Cielo é “Baa2″, com perspectiva estável. A classificação está dentro do que a agência considera como “grau de investimento”.

Na semana passada, a Fitch Ratings havia feito avaliação semelhante. A agência afirmou que a transação é “neutra” para a nota da Cielo (“BBB+”), embora seja positiva para a credenciadora. Na visão da Fitch, porém, a operação limita a flexibilidade financeira da Cielo para futuras aquisições.

A nova empresa será responsável, entre outras coisas, pela emissão de faturas e de cartões aos clientes do BB, pelo controle de risco das transações e pelo pagamento de tarifas de royalty às bandeiras de cartões. Para tanto, será remunerada com a tarifa que o BB recebe toda vez que um cartão emitido pelo banco é usado no varejo (tarifa de intercâmbio). A Cielo tem 70% da empresa e o BB, 30%.

A nova companhia foi avaliada em R$ 11,6 bilhões, e a Cielo terá que aportar R$ 8,1 bilhões na parceria, quantia que será levantada via emissão de dívida. A Moody’s estima que a geração de caixa anual da empresa seja de R$ 900 milhões.

“Apesar da maior alavancagem, acreditamos que a JV será positiva para a Cielo, dado o aumento na diversificação de receitas, em um período de maior competição e pressão de margens na sua operação de credenciamento de lojistas”, escreve a Moody’s.

A agência lembra que cabe às bandeiras, como Visa, Elo e MasterCard, estabelecer as tarifas de intercâmbio, de modo a incentivar tanto a aceitação do cartão pelo lojista como a emissão pelo banco. “Nos últimos anos, tais tarifas ficaram razoavelmente estáveis, enquanto a taxa de desconto do lojista (MDR, em inglês), recebida pela credenciadora passou por compressão significativa”, afirma.

Na indústria de cartões, toda vez que o consumidor faz uma compra com o cartão, é aplicada uma taxa de desconto. Uma parte desse valor, a tarifa de intercâmbio, vai para o banco emissor. A outra fica com a credenciadora. Como a tarifa de intercâmbio é tabelada, a credenciadora só consegue mudar o preço da fatia que cabe a ela.

Mesmo após a emissão de dívida, o endividamento da Cielo segue “confortável”, diz a Moody’s. A proposta da credenciadora de reduzir o percentual mínimo de pagamento de dividendos de 50% para 30% também ajudará a companhia a pagar “rapidamente” o compromisso.

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