O cartão de crédito já é parte da vida e da organização financeira dos lares brasileiros, sendo um recurso importante para a aquisição de bens duráveis e produtos de ticket médio mais elevado, graças à possibilidade de parcelamento.
Prova disso é o crescimento de sua adesão no país. Segundo um levantamento do Banco Central, o número de brasileiros que utilizam cartões de crédito cresceu 30,9% nos últimos anos.
Do ponto de vista dos empreendimentos, o cartão de crédito é uma forma de pagamento absolutamente importante de ser ofertada, principalmente com condições de parcelamento sem juros.
Mas será que o cartão é apenas um meio de receber pelos produtos adquiridos?
Cartões de crédito private label e co-branded são soluções exclusivas que funcionam como uma maneira de incrementar serviços ao seu negócio e aumentar o reconhecimento de marca e a fidelização dos clientes.
Quer saber como funciona isso na prática e se é indicado para o seu negócio? Leia o artigo até o final!
O que é cartão private label?
O cartão private label é um tipo de cartão de crédito com bandeira própria. Sendo assim, só pode ser usado na rede de estabelecimentos que o oferece.
Esse cartão foi criado como uma ferramenta alternativa ao crediário – os antigos carnês que possibilitavam a compra a prazo -, mas seus benefícios e funcionalidades não se limitam a isso, como falaremos mais adiante.
A nível técnico e operacional, o cartão private label funciona por meio de um arranjo de pagamento fechado. Ou seja, o próprio estabelecimento que oferece o cartão faz o papel de adquirente, bandeira e emissor, não dependendo de players terceiros.
Esse tipo de arranjo reduz os custos de operação, já que não é preciso pagar o fee desses agentes. No entanto, todo o risco da inadimplência é de responsabilidade do próprio estabelecimento, incluindo as adequações regulatórias para atuar em compliance com o Banco Central e regras para operar dados sensíveis de pagamentos.
E qual a diferença para o co-branded?
O cartão de crédito co-branded traz uma importante diferença para a modalidade anterior: é um cartão de crédito de uma marca específica, mas é bandeirado.
Isso significa que pode ser utilizado em uma ampla gama de estabelecimentos que aceitam, via maquininha de cartão ou meio de pagamento digital, a bandeira em questão.
Além disso, o estabelecimento não tem os riscos e nem a necessidade de se adequar ao mercado de pagamentos. Isso porque o cartão co-branded funciona como uma solução white label – é envelopado com a marca do lojista, mas opera com players terceiros por trás.
Quais as vantagens de ter um cartão próprio da marca?
Tanto o cartão private label como o co-branded são recursos interessantes para expandir a oferta de produtos para os clientes, incrementando serviços financeiros no negócio.
Essa é uma forte tendência para os próximos anos, conhecida como fintechização, movimento que já vem sendo feito por players gigantes do Brasil, como é o caso do Magalu.
Algumas outras vantagens desse tipo de cartão são:
Reconhecimento de marca
Ter um cartão – com um serviço importante agregado – estampando a sua marca é uma maneira eficaz de amplificar o reconhecimento da empresa.
No caso dos cartões co-branded, que ainda podem ser utilizados em outros estabelecimentos, inclusive internacionalmente, esse fortalecimento de marca é ainda maior.
Rentabilização com serviços de crédito
O cartão de crédito próprio é uma maneira de agregar novos serviços na sua loja, trazendo uma maior rentabilidade para o negócio com taxas, juros, anuidade e oferta de crédito.
Mais comodidade para os clientes
Com um cartão de crédito próprio, é possível viabilizar maiores comodidades aos clientes, como um percentual de desconto sobre as compras ou opções maiores de parcelamento.
Fidelização
O cartão próprio do estabelecimento contribui fortemente para a fidelização e recompra dos consumidores. Afinal, por terem benefícios exclusivos, os clientes dão preferência para fazer compras na loja em que possuem o cartão, tornando suas compras recorrentes.
Como viabilizar esse tipo de cartão?
O cartão private label é um tipo de serviço que requer uma estrutura maior do lojista. Afinal, é preciso bancarizar as suas operações e se adequar às questões regulatórias, criando uma bandeira própria e todo o sistema para viabilizar esses cartões, desde a emissão do plástico às linhas de crédito e cobrança de inadimplência.
Já o cartão co-branded é mais simples de ser colocado em prática, bastando a integração com uma bandeira e demais players para viabilizar a aceitação dele mesmo. Mas toda essa comodidade também tem o seu preço, com taxas maiores para estruturar esse modelo de negócio.
Com seus ônus e bônus, ambos os cartões são boas opções para expandir o leque de serviços e encontrar novas formas de rentabilização do negócio, em um ramo de atuação que está muito em alta e tem tudo para crescer no Brasil nos próximos anos.
Até 2030, é esperada uma expansão de receita de até US$ 1,5 trilhão com a fintechização de negócios, segundo o Boston Consulting Group e a QED Investors. Já na América Latina, o crescimento anual desse serviço está estimado em 29%, tendo como líderes de mercado o Brasil e o México.
Assim, se você quer começar expandindo o seu negócio de uma maneira rentável, ter um cartão private label ou co-branded pode ser uma excelente estratégia.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.