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Crédito melhora no país, mas estudantil preocupa

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Valor Econômico
29 de agosto de 2016 - 18:05

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Por: Sam Fleming

A recuperação americana após a pior crise de endividamento nos tempos modernos está ganhando. As retomadas de imóveis por falta de pagamento estão caindo para seu nível mais baixo desde que essas estatísticas começaram a ser registradas começaram no fim da década de 1990 e menos mutuários estão atrasando as prestações de seus financiamentos habitacionais.

Mas o cenário positivo nos mercados de crédito americanos está sendo manchado por um problema persistente e um tema candente na campanha presidencial: a dívida estudantil, cujos pagamentos em atraso têm permanecido teimosamente elevados.

Os dados do Federal Reserve Bank of New York revelam um bom desempenho dos financiamentos imobiliários. No segundo trimestre, apenas 82 mil consumidores viram seus credores iniciar processos para retomada de imóveis financiados – o número mais baixo em toda a história de 18 anos dessas estatísticas.

Ao mesmo tempo, a parcela de empréstimos em 90 ou mais dias em atraso caiu para o nível mais baixo desde 2007 para financiamentos imobiliários e a uma baixa recorde no caso de empréstimos em cartão de crédito.

O fortalecimento da saúde financeira dos tomadores de empréstimos americanos mostra os efeitos do aumento gradual dos salários, da redução do desemprego e de taxas de juros ultrabaixas. Isso também reflete os critérios muito mais rigorosos para concessão de empréstimos por parte dos bancos e de outras instituições financeiras, tendo sido disponibilizados US$ 15 bilhões em financiamentos a pessoas com pontuação de crédito mais baixa, ou seja, uma fração dos níveis trimestrais que chegaram a US$ 100 bilhões durante o boom de empréstimos subprime na década passada.

Sam Khater, economista na CoreLogic, uma provedora de informações sobre o mercado imobiliário, disse que o país ainda enfrenta um longo acúmulo de retomadas de imóveis da época da crise, mas no que diz respeito a financiamentos imobiliários mais recentes o desempenho está “impecável”.

“O mercado residencial nos Estados Unidos está mais saudável do que nos últimos 20 anos”, disse. “Está bem estável. Estamos vendo uma alta incessante dos preços das moradias, aumento constante nas vendas. Não estamos sofrendo os altos e baixos que tivemos nas últimas duas décadas.”

Hillary Clinton, a candidata democrata à Casa Branca, vem propagandeando os sinais de recuperação a partir da implosão do mercado imobiliário entre 2007 e 2009 – e está empenhada em refutar os argumentos do rival, Donald Trump, segundo o qual os democratas presidiram a mais fraca recuperação econômica nos tempos modernos.

A ex-secretária de Estado disse na convenção democrata na Filadélfia, no mês passado, que os EUA estão “tão fortes” quanto quando o presidente Barack Obama assumiu o cargo, com a criação de 15 milhões de novos empregos no setor privado, mesmo tendo insistido: “Nenhum de nós pode ficar satisfeito com a situação atual”.

Nesta semana, Trump tentou transferir a discussão para a economia ao anunciar uma plataforma conservadora que promete incrementar o crescimento. Ao falar em Detroit, ele fez um duro ataque ao histórico do Partido Democrata na Casa Branca, reprovando “a mais fraca das chamadas recuperações desde a Grande Depressão” e apontando um declínio na taxa de habitações próprias.

Mas melhora está sendo minada por problemas contínuos com os empréstimos estudantis, segundo números do Fed de Nova York. A parcela dos empréstimos com pagamentos em atraso em 90 ou mais dias esteve acima de 11% no segundo trimestre, pelo oitavo trimestre seguido.

Os americanos estavam sentados sobre uma dívida estudantil de US$ 1,26 trilhão no trimestre, em comparação a US$ 439 bilhões uma década antes. O total devido foi maior que os montantes relacionados a empréstimos para a aquisição de automóveis e empréstimos do cartão de crédito.

Ontem, Trump disse que vai anunciar um plano no mês que vem para ajudar os tomadores de empréstimos estudantis. A questão se tornou uma parte importante da campanha, com Hillary Clinton prometendo ajudar os estudantes devedores a refinanciar seus empréstimos a taxas mais baixas e reduzir os juros dos empréstimos futuros.

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