
O Expo Center Norte foi palco, na terça-feira (27), do Moove On 2025 – um dos eventos mais relevantes do ano para quem atua com crédito, cobrança, dados e tecnologia. Em um cenário de disrupção constante, os temas centrais deixaram claro: o futuro não é só digital, ele é também humano, estratégico e profundamente conectado à cultura organizacional.
Abertura: Inteligência Artificial nos lembra da nossa humanidade
Fernando Manfio, criador do Fórum MoOve On, abriu o evento com uma provocação instigante: “A IA veio nos mostrar que somos humanos”. Enquanto a tecnologia avança a passos largos, é preciso lembrar que os dados carregam histórias – e que o centro das decisões continua sendo as pessoas. A cultura empresarial, nesse contexto, aparece como eixo de equilíbrio entre inovação e coerência.
“A alegria deste ano foi contagiante”, afirmou Manfio. “Além dos temas mega importantes que foram discutidos, como sempre trazendo técnica e ferramentas para a gestão de riscos, também falamos de cultura, vendas e do negócio Agro – mega promissor neste momento! A conexão e a energia do dia foram excepcionais. Muitos patrocinadores comentaram que fecharam mais negócios do que nunca.”
Cultura como diferencial competitivo
Marcela Zaidem, mentora da G4 Educação, trouxe uma fala marcante sobre a cultura organizacional na palestra “Cultura na prática, lucro na conta”. Segundo ela, cultura não é o que se diz no onboarding, mas o que o time vive no dia a dia – é o que se repete sem correção.
Ela destacou que cuidar da cultura é cuidar do cliente. E reforçou a importância de identificar os talentos de alta performance não apenas pela técnica, mas pela postura diante das metas. A confiança e a autonomia nas equipes são frutos de um alinhamento genuíno entre propósito e prática.
Painel: Risco & Recompensa – gestão em tempos de instabilidade
Líderes como Bruno Jardim (co-fundador e CTO da PowerOfData), Ricardo Kalichsztein (CEO da Quod) e Claudio Pasqualin (CPO e vice-presidente da TransUnion) discutiram como as inteligências – humanas e artificiais – podem ajudar na construção de modelos mais eficazes de análise de risco.
Os dados foram comparados ao novo petróleo, mas com uma ressalva: é preciso criar refinarias para entender o que está por trás dos números. Os debatedores reforçaram a urgência de unir IA, ciência de dados e empatia, para prever riscos sistêmicos com mais velocidade e responsabilidade. Claudio sintetizou bem: “Gestão de risco sempre foi avessa ao risco – mas a mudança precisa ser gradual, segura e mensurada.”
Decision Intelligence: IA como aliada, não substituta
No início da tarde, o palco Decision Intelligence apresentou um painel com executivos da Porto Bank, Allianz e Tech4Humans. Eles mostraram como a IA já atua nos bastidores das grandes corporações, otimizando processos internos, reduzindo tempo de resposta e melhorando a experiência dos clientes – especialmente no setor de cobrança e relacionamento.
A Allianz, por exemplo, obteve um salto expressivo na retenção de atendimento ao substituir um bot tradicional por um agente com IA generativa, atingindo 54% de retenção. Já a Porto Bank conseguiu reduzir significativamente tempo de pagamento em processos digitais com a implementação de IA interna.
A mensagem foi unânime: a IA veio para ficar, mas sua melhor aplicação depende do capital humano por trás dela. Como disse Josemilson Silva, CIO da Allianz: “A IA não funciona sem o capital humano”.
Conexões que transformam
Manoel A. P. Neto, idealizador do Moove On, destacou o sentimento de responsabilidade e gratidão ao encerrar a edição deste ano:
“A sensação é de profunda gratidão e, ao mesmo tempo, de responsabilidade renovada. Ver tantos executivos de peso presentes, participando ativamente dos painéis e interações, é a confirmação de que estamos no caminho certo com o MoOve On.”
“Cada conversa, cada painel, cada conexão foi pensada com um propósito: entregar valor real ao mercado. E receber o apoio de grandes marcas, que acreditam no nosso movimento e confiam no trabalho que estamos construindo, só reforça esse compromisso. Encerramos este evento com a certeza de que estamos apenas começando. Seguimos juntos – e vem muito mais por aí.”
Bastidores de um movimento em expansão
Muito antes de se apresentar no palco, o Moove On já acontece nos bastidores. Segundo Sonia Rodrigues do Nascimento, sócia do Moove On, o planejamento da próxima edição começa logo após o encerramento da edição anterior:
“A equipe se reúne para as tomadas de decisões sobre o que desejamos, o local mais adequado, a quantidade de público, visitas técnicas, estrutura, fornecedores e orçamentos. Essas ações se intensificam nos meses próximos ao evento, quando iniciamos os fechamentos dos contratos. Em paralelo, trabalhamos no planejamento financeiro e buscamos patrocinadores e parceiros para que tudo aconteça da melhor forma.”
Estabelecer conexões genuínas com os parceiros certos, no tempo certo, é o que potencializa a entrega de um evento com propósito. Para Fernando Manfio, a construção desse alinhamento e de uma visão futura comum é uma das chaves para a evolução do movimento:
“Nosso propósito é sempre de fortalecer o movimento. Desejamos criar mais encontros menores para promover conexões – sempre colocando o humano como a linha entre negócios e seus clientes. Criar um evento grande quando os patrocínios chegam muito perto da data é arriscado. Mas quando conseguimos nos planejar com antecedência, o impacto é muito maior. Esse é o desafio; o resto a gente faz.”
O Fórum Moove3 On também se destaca por estar em constante movimento – acompanhando de perto as transformações do mercado para manter o evento sempre conectado com os temas mais relevantes. Para Madleine Sprocatti, sócia do Movimento Moove On e CEO da Madi Eventos, é essa escuta ativa que garante a força e a atualidade do encontro:
“O Fórum Moove3 On 2025 traz uma característica muito forte, que é se movimentar e se conectar o tempo todo com o mercado para entender o que está acontecendo e trazer isso para a pauta do evento. Traçamos conexões para entender o que o mercado está ditando como referência. A expectativa é sempre muito grande, e a cada ano ela aumenta. Neste ano, com tudo acontecendo, falamos sobre dados, inteligência artificial e, na base de tudo, desenvolvimento humano, o que abre um leque de discussões muito interessante. O modelo das embaixatrizes, iniciado no ano passado, deu muito certo e foi ainda mais fortalecido. Criamos um ambiente aberto, onde todos ficam conectados e não perdem nada do conteúdo. Muito mais que um evento, é um momento de conexão, com alegria, felicidade, muito conteúdo do mercado e networking”.
O futuro já começou
O Moove On 2025 foi mais do que um evento – foi um termômetro sensível dos caminhos que se desenham no setor de crédito, cobrança e análise de dados. A convergência entre tecnologia e humanidade deixou de ser tendência para se tornar urgência. E, nesse futuro já em movimento, gestado desde os bastidores, serão protagonistas os profissionais que souberem navegar com inteligência e sensibilidade por esse novo tempo, construindo um mercado mais justo, eficaz e genuinamente transformador.
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