Os alunos brasileiros vão mal quando se trata de resolver questões de raciocínio, mostram novos resultados do Pisa, exame comparativo internacional
Por: Marco Prates
Os alunos brasileiros estão penando em testes de raciocínio rápido e de problemas ligados ao dia a dia. Entre os 44 países avaliados em uma nova etapa do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da OCDE, o Brasil ficou em 38º lugar.
Na prova, aplicada a estudantes de 15 anos sobre problemas matemáticos da vida real, o país conquistou uma média de 428 pontos. Singapura e Coreia, os campeões, conquistaram 562 e 561 pontos, respectivamente.
O Brasil também tem poucos alunos de ponta, considerados “top-performers”. Aqui, 1,8% dos alunos têm desempenho extraordinário para resolver problemas considerando todas as variáveis que podem afetar o resultado.
Em Singapura, são 29,3%; no Japão, 27,6%.
O Brasil, portanto, não faz parte de bons exemplos em educação apontados por Angel Gurría, secretário geral da OCDE.
“Todos os países e economias possuem excelentes estudantes, mas poucos permitiram a todos os alunos serem bem sucedidos”, escreve ele na introdução do relatório.
Além da China, que tem desempenho excepcional nas regiões em que é testada – lá o exame é feito, mas não nacionalmente – também a Rússia se saiu bem melhor que o Brasil, com 489 pontos na 26ª colocação, com 7,3% de seus alunos sendo considerados “top”.
Ocupando os três últimos lugares da lista, estão Uruguai, Bulgária e Colômbia.
Pisa
Nos resultados oficiais do último Pisa, divulgados em dezembro do ano passado, entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
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