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13 de abril de 2015 - 18:06

Consumidor-que-demora-para-chegar-em-casa-inspira-novos-negocios-televendas-cobranca

Por: Juliana Mariz

Em uma movimentada avenida de Sorocaba, cidade do interior paulista, o consumidor não precisa nem sair do carro para comprar sorvete. A franquia local da Los Paleteros, marca especializada em picolés, instalou um ‘drive-thru’. Segundo um dos sócios, Gean Chu, um terço das vendas é feita por esse sistema. “Em um dia batemos recorde e vendemos 5.003 picolés”, disse.

A filial de Sorocaba é, por enquanto, a única a ter essa novidade. “Vamos instalar em outros endereços. É vantajoso em lugares onde há dificuldades para estacionar o carro, mas há exigências muito específicas na hora de encontrar o imóvel”, completa.

Com 29 operações em funcionamento no território brasileiro, sendo apenas duas lojas próprias, a Los Paleteros planeja chegar no final deste ano com uma rede de 70 pontos e faturamento de R$ 35 milhões.

Mas nem só em vendas o drive thru se mostrou um sucesso. O serviço é também um exemplo de inovação que mereceu ser citado pelo boletim Retail Retold, do Trendwatching, que identificou cinco tendências do varejo nas Américas do Sul e Central.

O drive-thru do Los Paleteros se encaixou na tendência “uma loja no caminho”, que consegue criar uma combinação entre transporte e varejo.

Trata-se daquela empresa que presta serviço ou vende algo no trajeto por onde passa o consumidor. “Essa tendência está mostrando que vending machines não são mais apenas para vender cupons de cinema e que drive- thru não serve apenas para oferecer sanduíches”, apontou Luciana Stein, diretora para América Latina do Trendwatching.

Outro exemplo é o Beauty Bazar, que lançou uma ‘vending machine’ de produtos de beleza nas estações Luz e Paraíso do metrô paulistano, em fevereiro deste ano.

Também estão em busca desse consumidor em movimento aqueles que se encaixam na tendência “marcas sobre rodas”.

A empresa paulistana Nail Delivery, que manda a manicure aonde a cliente estiver, ou a floricultura colombiana Botanicus, que vende flores em um caminhão pelos bairros de Bogotá, também estão nessa categoria.

Segundo Luciana, da Trendwatching, as tendências mais interessantes hoje “não são puras, mas relacionam diversos aspectos da vida dos consumidores, como transporte e varejo”. “As marcas estão percebendo que os trajetos urbanos são longos e uma oportunidade de compra e venda. Não existe mais momento morto na vida do consumidor”.

A tendência “off-on-off” engloba aquelas marcas que estão oferecendo o melhor dos dois mundos nas vendas pela internet: a sociabilidade do atendimento ao cliente da loja física e a conveniência e os benefícios dos preços online.

A Sodimac, uma varejista chilena de produtos para casa, se encaixa neste perfil. A empresa lançou um aplicativo que permite ver o produto do catálogo em realidade aumentada.

Outro exemplo é a administradora de shopping center Sonae Sierra Brasil, usa o aplicativo de telefonia móvel WhatsApp como canal de atendimento ao cliente. “Essa tendência deve crescer muito por aqui já que a velocidade e a qualidade da conexão estão aumentando e um número maior de consumidores está mais familiarizado com ela”.

A quarta tendência é de “lojas sociais”, que atende consumidores que respeitam varejistas engajados em questões locais e ambientais e promovem mudanças. A ação da BRMalls e do Fundo Social de Solidariedade de São Paulo define bem esse caminho.

Em abril do ano passado, a administradora de shoppings e a instituição abriram um espaço batizado de Loja Vazia, para receber doações de roupas. O local tinha todos os detalhes de uma loja, como manequins, mas sem nenhum produto. Usando um conceito similar, a varejista chilena Paris recompensou com prêmios quem fizesse doações no seu estande no festival de música Lollapalooza, em março último.

Já o Edu-commerce diz respeito às iniciativas que unem varejo e educação. São empresários que não querem apenas falar sobre os benefícios de seus produtos, mas ensinam também a extrair o máximo valor deles, oferecendo cursos em determinadas áreas.

O exemplo mais emblemático é o do Magazine Luiza que abriu uma loja virtual na favela de Heliópolis, na capital paulista. No espaço, consumidores compram no catálogo virtual com ajuda de vendedores e também frequentam o local para ter aulas de culinária e informática, por exemplo.

O objetivo desse relatório é ajudar empresários a avaliar oportunidade de inovação e negócios. Há pouco tempo as Américas do Sul e Central ganharam mais relevância no cenário mundial de tendências.

Os escritórios do Trendwatching de Lagos (Nigéria), Singapura e São Paulo, que atende a América Latina, começaram a identificar tendências nessas regiões e a lançar relatórios próprios que complementam os globais, há seis meses. “Regiões consideradas periféricas ganharam importância. Cada vez mais tendências de consumo identificadas nessas áreas inspiram marcas de todo mundo”, disse Luciana.

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