Por: Airton Carlini

Aprendi desde criança que existem algumas palavras ou frases mágicas. Uma delas é “obrigado”, outra é “por favor”. Certamente estas palavras só ajudam e deveriam ser usadas em todos os momentos, quer sejam na vida pessoal como na vida profissional. Acredito que quase ninguém discorda da importância e do quanto é positivo ser bem educado e atencioso.

É impressionante como algumas palavras tem um poder “quase divino” de resolver certas questões. O que me causa estranheza é como em vários momentos somos quase que obrigados a citar uma frase para que tenhamos os nossos justos anseios atendidos. Somos muitas vezes obrigados a chegar ao nosso limite para que algo que poderia ser facilmente resolvido tenha um desfecho satisfatório.

E por que isto acontece? Não é difícil de entender. Muitas empresas ainda não entenderam que na maioria dos casos as pessoas não pedem nada além do que lhes é de direito. Só isto. Acontece que ainda prevalece a ideia de que todos somos guiados pela tão malfadada “Lei de Gerson” e se protegem de modo arbitrário e indevido.

Um dos profissionais mais brilhantes que conheço, certo dia me disse uma coisa que ficou gravado: “Existem os clientes que tem razão e existem os clientes que tem suas razões”.

Soa parecido mas é muito diferente. Quem tem razão, é porque deve ter o seu direito de consumidor resguardado e ser atendido da melhor forma possível dentro do que foi contratado.

Já os clientes que tem “razões” é aquele que acha que tem algum direito e discorre uma série de motivos pelos quais não cumpriu sua parte mas entende que ainda assim permanece com todos os seus direitos inalterados e intactos. Alguma coisa como: “pouco importa o que eu tenha feito ou deixado de fazer”, eu sou o cliente e tenho que ter minhas solicitações atendidas.

É aqui que quero chegar. Para se proteger muitas empresas ainda considera que quase ou todos consumidores tem as suas razões e querem por que querem levar vantagem. Não. Não é assim que funciona. Já vejo muita gente séria que apenas gostaria de ter os seus direitos reais respeitados. Só isto. Nada mais que isto.

Enquanto não invertermos a lógica e consideramos o que é realmente a realidade, ou seja, como já foi citado em outra propaganda, “os bons são maioria”, não conseguiremos mudar a cultura deste país.

Precisamos cada um de nós, termos consciência de que não é obtendo vantagens escusas que iremos crescer como país. Só assim é que conseguiremos pensar numa nação menos corrupta e mais honesta.

Não podemos cobrar do outro atitudes que não temos no nosso dia a dia.

Tá bom, mas e o título deste blog, onde entra nesta história? Simples.

Nós só queremos ser atendidos no nosso direito. Só isto. Não queremos chegar ao limite que muitas empresas nos obrigam onde apenas a frase: Então cancela! É que resolve.

Não queremos ter que chegar a isto. Se o fazemos é porque cansamos de ter que repetir a exaustão os nossos direitos. E sabe o que é o pior? Muitas empresas quando chegam a este ponto, recuam e concedem vantagens indevidas gerando um círculo vicioso que em nada melhora este país.

Chegou a hora de mudarmos a cultura desta nação.

Concorda? Se concordar passe adiante. Caso contrário, cancela!

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