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05 de novembro de 2013 - 18:02

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Pesquisa da HSD com 5.000 executivos mostra que uma parte deles trapaceia, rouba ou assedia funcionários; veja como conter essa praga na sua empresa

Por: Luísa Melo

Acredite: dois em cada dez executivos trapaceia ou faz coisa pior. Esta é a conclusão de uma pesquisa da consultoria HSD com 135 empresas da América, Ásia e Europa. O estudo revelou que 20% dos 5.000 líderes avaliados apresentam algum desvio de conduta.

Dentre os gestores que saíam da linha, 100% omitiam erros – o que pode acontecer por meio de maquiagem de relatórios gerenciais e falta de transparância na codução dos processos. Outos 28% tinham problemas de “autoimagem inflamada”. É o famoso ego inflado, que faz com que a pessoa se atribua um poder e uma importância maior que os devidos e que pode ocasionar o desrespeito de regras e de funções.

Vinte e cinco por cento deles ainda apresentavam desvio de caráter em relação a valores financeiros. Em bom português, roubavam, seja pelo desvio de dinheiro, mercadorias e apropriação indevida de valores; 13% apresentavam desvios de caráter por baixa autoconfiança – tendência a manipular processos para interesse próprio, centralizar funções sem delegar e não interagir com seus pares; 8% tinham indícios de desvio de caráter por frágil estrutura emocional – pode levar a uma grande dependência da equipe e a “ficar em cima do muro” em muitas situações; e 4% tinham sinais de desvio do comportamento sexual – propensão a assédio moral e sexual.

Além disso, outros 22% eram propensos à dissimulação, mentira e intriga.

O risco para empresas que empregam pessoas com desvio de comportamento vai além do prejuízo financeiro. Além de dinheiro, a companhia pode perder talentos devido ao ambiente de trabalho pesado que pode se formar.

“Ainda há o prejuízo institucional, da marca. Por esse motivo, poucas empresas divulgam o motivo da saída de seus executivo quando há algum caso de desvio, principalmente se a empresa for de capital aberto”, ressalta a presidente da consultoria HSD, Susana Falchi.

Para evitar cair nessa armadilha, as corporações podem adotar uma série de medidas. Veja algumas delas:

Mapear o perfil comportamental dos colaboradores

Entraria aí não só a observação das atitudes, mas também da personalidade do funcionário. Segundo Susana, esse mapeamento pode ser feito por meio de testes como a grafologia, uma especilidade da psicologia que revela a estrutura de comportamento de uma pessoa através de sua grafia.

Informatizar sistemas de controle

De acordo com Susana, quanto mais interferência humana há nos sistemas que controlam ações, processos e indicadores que apontam os resultados de uma empresa, maior é a possibilidade de ocorrer desvios.

Valorizar resultados de médio a longo prazo

O modelo de remuneração executiva, que concede bônus mediante um resultado mensurado anualmente, é um incentivo a comportamentos desviantes, segundo Susana. “Ocorre de o executivo deixar resultados para lançar no futuro porque já venceu a meta daquele ano”, exemplifica. Para ela, uma boa forma de evitar esse tipo de atitude é medir os resultados em períodos mais extensos, de três a cinco anos, por exemplo.

Desenvolver culturas de RH que pensem nos riscos

É o caso de analisar os impactos que uma pessoa com desvios provoca quando está em cargos de liderança e preparar para que isso não ocorra. “Muitas empresas ainda prezam muito pela capacitação técnica e deixam de lado o perfil comportamental dos colaboradores. A lógica deve ser inversa. Atualmente é mais fácil preparar tecnicamente do que desenvolver hábitos comportamentais saudáveis”, destaca Susana.

Deixar clara a cultura de ética

“Há casos de empresas que até mesmo sabem que algum funcionário tem desvio de caráter, mas não toma nenhuma atitude porque ele entrega resultados. Isso cria uma cultura de permissidade inaceitável”, diz Susana. Para evitar, é preciso deixar claro o que não se pode fazer e quais as consequências para quem tem um comportamento não ético identificado.

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