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A importância de falar com a equipe

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Época
24 de fevereiro de 2014 - 18:00

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Empresas como Google, Ticket e SAS aproveitam momentos de incerteza para ser mais claras e se comunicar melhor com o funcionário

Por: Marcos Coronato

Quando escurece, é preciso usar o farol alto. Quando o cenário para os negócios se torna mais incerto, uma empresa competente se esmera ainda mais para informar seus funcionários sobre as possibilidades à frente, com toda a clareza possível. A empresa extremamente competente faz melhor ainda: informa bem e ouve bem o funcionário, para que ele ajude a jogar luz sobre as incertezas. O conceito é fácil de entender, nem tanto de aplicar. Afinal, em momentos de incerteza econômica, como o atual, as empresas costumam ter menos bons motivos para se comunicar – escasseiam as boas novidades, daquelas que toda organização quer contar ao mundo, como a conquista de um novo cliente ou o anúncio de um novo projeto. Ao mesmo tempo, aumentam as dúvidas e a dificuldade de fazer projeções. Mas deixar o funcionário no escuro, apenas por causa da ausência de boas novidades, é dos piores pecados de estratégia que uma empresa pode cometer.

A comunicação eficaz com o funcionário é uma característica que se destaca entre as empresas premiadas na categoria multinacionais médias e pequenas, com 100 a 999 funcionários. “Se observarmos uma a uma as diferenças entre empresas premiadas e não premiadas, provavelmente a maior delas é a comunicação com credibilidade”, diz Ruy Shiozawa, diretor presidente do GPTW. Há muitas formas de a empresa ser transparente e se comunicar bem. Uma delas é orientar os chefes de equipe, para que eles se mantenham acessíveis. Há muitas empresas em que os gestores, pressionados pelo tempo, pelo excesso de subordinados diretos ou por falta de hábito, não dão atenção individual aos integrantes de suas equipes. Acreditam que apenas reuniões em grupo bastam. Entre as 1.095 empresas avaliadas pelo GPTW, nos casos em que o profissional não teve nenhuma conversa a dois com o chefe nos 12 meses anteriores, o nível médio de satisfação, numa escala de zero a 100, foi de 61. O índice médio sobe para 88 nos casos em que o profissional teve ao menos três conversas privadas com o chefe nos 12 meses anteriores.

O campeão da categoria, o Google, tem fama pela transparência e pela boa comunicação. Essa característica é preservada como um bem precioso e requer algum esforço. “Conforme uma organização cresce, há uma tendência de a pirâmide da hierarquia se tornar mais alta e mais profunda”, diz Monica Santos, diretora de Recursos Humanos do Google. “Cabe ao RH manter a empresa plana e os profissionais acessíveis uns aos outros.” O presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, considera a comunicação essencial também para que cada funcionário ajude a organização a entender rapidamente mudanças em andamento no mercado. Coelho tem algumas crenças sobre a comunicação eficiente: acha necessário haver reuniões com objetivo mais restrito, como acompanhamento de resultados, e outras mais abertas, que propiciem troca livre de ideias. E alerta contra reuniões gigantes, em que os participantes tenham pouca chance de falar. Considera produtivas reuniões com, no máximo, 12 pessoas.

O presidente da Ticket, Oswaldo Melantonio Filho, orgulha-se de ser acessível e ter boa conversa. “Com um papo no cafezinho, já segurei na empresa bons jovens profissionais que estavam em dúvida sobre ficar ou não”, diz. A empresa, atuante em gestão de benefícios profissionais e despesas, adota uma profusão de táticas para que o funcionário enxergue claramente as opções futuras para a empresa e para a própria carreira. Envolvem café da manhã de grupos de funcionários com dois diretores de cada vez e conversas indivi­duais de funcionários com a diretora de RH, Edna Bedani. Além disso, há algumas sessões coletivas de orientação profissional e outras individuais para metas mais abrangentes (na carreira e na vida) para os chefes de equipes interessados. No fim deste ano, a empresa deverá iniciar um programa de mentoring (orientação profissional mais aprofundada e específica).

Na desenvolvedora de software SAS, a comunicação é vista como defesa estratégica contra cenários incertos. O presidente da empresa, Márcio Dobal, convida grupos de até seis funcionários para um café da manhã, a cada duas semanas. “Temos um plano de cargos muito claro e trabalhamos com metas de longo prazo”, afirma. “Além disso, recrutamos gente que saiba delegar e trabalhar com liberdade. Esse tipo de profissional, com muita maturidade, tem de ser tratado sempre com o máximo de respeito”, diz.

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