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As vantagens de ter um time de conselheiros pessoais

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Exame
14 de maio de 2019 - 17:01

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Criar um grupo de mentores e pares de confiança ajuda a tomar decisões melhores e a transformar você no protagonista da sua carreira

Por: Elisa Tozzi

Quando recebeu o contato de um headhunter oferecendo uma vaga, Rafael Zanon, de 35 anos, ouviu a proposta com atenção. Administrador por formação, ele vinha de uma carreira de seis anos na Vale, onde atuava com planejamento estratégico para a área de logística. O convite era para se tornar consultor de planejamento estratégico na Votorantim Energia – área com a qual nunca tinha atuado. A proposta exigia, também, que ele se mudasse de Vitória, no Espírito Santo, onde estava baseado, para a capital paulista. A sugestão era interessante do ponto de vista de carreira, pois significava um novo desafio e, também, uma promoção.

Mas a decisão não foi simples. Para tomá-la, Rafael fez o que muitos profissionais conscientes têm feito: acionar um conselho pessoal – que nada mais é do que uma rede de pessoas nas quais se confia e que pode dar sugestões e fazer avaliações sobre questões delicadas, como uma mudança de emprego. “Foi uma decisão difícil porque eu tinha um horizonte bom na Vale e correria o risco de atuar em uma área na qual não sou especialista”, diz Rafael. “Por isso, conversei com alguns contatos nos quais confio muito, como um amigo que é diretor de uma multinacional e já foi headhunter, e colegas mais jovens.”

Com várias opiniões na cabeça, Rafael conseguiu fazer uma análise mais completa e aceitou a proposta com tranquilidade. “Levei quase um mês para decidir e conversei com seis pessoas. Isso me ajudou a ter certeza de que estava dando o passo certo”, afirma Rafael.

Quem tem, como Rafael, um time de conselheiros pessoais está um passo à frente, pois se comporta como protagonista da própria carreira. “Se, até um tempo atrás, esse papel era das empresas, hoje, quem tem que direcionar os passos profissionais é o próprio indivíduo”, diz Anderson Sant’Anna, professor de gestão empresarial da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais. Nesse sentido, ter um grupo com o qual se possa conversar sobre questões do trabalho é fundamental – afinal, as decisões estão nas suas mãos, e não mais nas mãos do RH da companhia para a qual você trabalha. “Se você for observar as declarações e entrevistas de grandes líderes, vai notar que sempre há a menção a pessoas que foram importantes em suas trajetórias”, diz Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search, empresa de recrutamento executivo, de Belo Horizonte. Essas pessoas nada mais são do que conselheiras individuais.

Ouvidos abertos

Pode parecer algo complexo, mas montar um time de conselheiros que consiga ser acionado facilmente em vários momentos não é tão complicado assim. O primeiro passo é encontrar as pessoas certas dentro do seu círculo de contatos. “No começo, pode ser com a família, ouvindo os parentes que têm opiniões importantes para você”, diz José Augusto Minarelli, sócio da Lens & Minarelli, consultoria de recolocação profissional, de São Paulo. “O importante é não ficar sozinho em momentos difíceis, como os de transição de carreira.”

Para entender quem pode, ou não, ajudar você com opiniões relevantes, é necessário ouvir – só assim você vai perceber quais pessoas são melhores para dar opinião sobre cada assunto específico e vai conseguir criar, aos poucos, uma equipe sólida de conselheiros. Vá lá e converse com as pessoas, sem preconceito. Esse é um modo bastante interessante de criar redes, conhecer diferentes histórias de vida e criar possíveis afinidades.

E isso pode estar em qualquer lugar. É comum, claro, que os profissionais encontrem conselheiros nos locais em que passam mais seu tempo, como no trabalho ou na universidade. Nesses casos, a convivência ajuda a entender quais são as pessoas com as quais você pode contar, quais delas dão abertura para conversas desse tipo e quais podem ajudá-lo em assuntos específicos. A rede é montada naturalmente e, no início, a afinidade pode falar um pouco mais alto. “É preciso encontrar profissionais com valores semelhantes aos seus e, a partir daí, cultivar um relacionamento em que se dá e se recebe”, afirma Andreza Venício, sócia da Fors & Yamaguti, consultoria especializada em coaching, de São Paulo.

Opiniões diversas

Embora o alinhamento com os valores seja importante, é necessário, também, que haja uma diversidade de opiniões entre os conselheiros. Só assim será possível fazer uma análise completa da questão a ser tratada. “A pior coisa que pode acontecer é ter um time que fale apenas o que você quer ouvir”, afirma Anderson. Isso é uma armadilha, pois, para tomar boas decisões é preciso estar atento a diversos fatores – inclusive aqueles que mostram que aquilo que se está propenso a decidir pode ser mais negativo do que positivo.

Rafael Zanon, da Votorantim Energia, fez questão de ouvir seis pessoas de diferentes níveis hierárquicos e idades antes de bater o martelo e mudar de emprego – algumas das opiniões eram bem diferentes entre si. “Havia pessoas dizendo que era arriscado demais assumir uma nova posição em um momento delicado da economia. Outras afirmavam que seria um desafio importante para a minha carreira. Levei essas provocações em consideração antes de dar minha resposta”, diz Rafael.

Com várias opiniões na cabeça, Rafael conseguiu fazer uma análise mais completa e aceitou a proposta com tranquilidade. “Levei quase um mês para decidir e conversei com seis pessoas. Isso me ajudou a ter certeza de que estava dando o passo certo”, afirma Rafael.

Quem tem, como Rafael, um time de conselheiros pessoais está um passo à frente, pois se comporta como protagonista da própria carreira. “Se, até um tempo atrás, esse papel era das empresas, hoje, quem tem que direcionar os passos profissionais é o próprio indivíduo”, diz Anderson Sant’Anna, professor de gestão empresarial da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais. Nesse sentido, ter um grupo com o qual se possa conversar sobre questões do trabalho é fundamental – afinal, as decisões estão nas suas mãos, e não mais nas mãos do RH da companhia para a qual você trabalha. “Se você for observar as declarações e entrevistas de grandes líderes, vai notar que sempre há a menção a pessoas que foram importantes em suas trajetórias”, diz Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search, empresa de recrutamento executivo, de Belo Horizonte. Essas pessoas nada mais são do que conselheiras individuais.

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