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Bons gerentes não são honestos; fingem emoções

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Hype Science
04 de março de 2013 - 18:43

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Por: Natasha Romanzoti

Um novo estudo da Universidade de Edinburgh Napier (Reino Unido) sugere que os gestores reconhecem a necessidade de fingir e frequentemente fingem emoções no trabalho, especialmente ao interagir com seus funcionários.

Embora as pesquisas – e o senso comum – tenham mostrado até agora bons líderes e gestores são autênticos, abertos e honestos, o estudo recente indica que nem sempre é assim.

Para garantir que os funcionários tenham um bom desempenho em seus postos de trabalho, os gestores precisam “fabricar”, “fingir” emoções positivas e encorajadoras, e substituir ou controlar quaisquer pensamentos privados ou negativos.

A pesquisa

A pesquisa de doutorado foi conduzida pela psicóloga Chiara Amati. Ela e sua equipe entrevistaram12 gestores e examinaram outros 30.

“Os gestores relataram se sentirem obrigados a monitorar suas demonstrações públicas de emoções, a fim de gerenciar o desempenho e manter boas relações de trabalho com sua equipe, especialmente em postos mais baixos na hierarquia ou fileiras de poder [pois eles simplesmente não têm a autoridade para impor respeito incondicional]”, explica Chiara.

Outra descoberta do estudo sugere que mulheres gerentes precisam fingir ou controlar suas exposições emocionais mais do que seus colegas do sexo masculino.

“Gerentes mulheres precisam lidar com estereótipos contrastantes no local de trabalho; por um lado, elas são vistas como carinhosas, apoiadoras, não bravas ou agressivas. Por outro lado, manifestações de emoção, como o choro, são muitas vezes vistos como manipuladoras”, disse Chiara.

Um levantamento da Universidade Carlos III de Madrid já havia constatado que as mulheres conduzem cargos de gestão de uma forma mais democrática, permitindo que os funcionários participem na tomada de decisões e estabeleçam canais de comunicação interpessoais. Isso pode ter a ver tanto com a natureza feminina quanto com seu esforço maior para “fingir e controlar” emoções.

Além disso, um outro estudo chegou à conclusão de que a arrogância é a pior característica para um chefe, de modo que controlar emoções negativas ou exposições negativas pode ser muito bom para gestores.

“Nós já sabíamos há algum tempo que o clima emocional no local de trabalho é um fator-chave no bem-estar e desempenho dos empregados. Sabíamos também sobre a necessidade dos gestores de serem inteligentes emocionalmente para serem bem sucedidos. O que nós estabelecemos aqui é o quão importante é o controle da exposição de emoções de gestores ao público”, conclui Chiara.

Uma pesquisa da Universidade de Houston também mostrou que, apesar da autenticidade ser importante para a felicidade, no trabalho a coisa não é bem assim. Apesar de em outros contextos a relação de honestidade acontecer para o melhor, no caso do trabalho não parecia valer a pena “ser inteiramente você mesmo”. Com certeza não é uma boa ideia falar tudo o que você pensa no trabalho, certo? Então, “fingir”, nesse contexto, não precisa ter um aspecto negativo, mas sim pode ser visto como um esforço para o bem-estar coletivo.

“Fingir parece, até certo ponto, ser apenas parte de uma boa gestão de pessoas”, afirma Chiara.

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