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15 de novembro de 2021 - 17:00

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Em entrevista à EXAME, psicóloga diz que excesso de estímulos sobre a pandemia pode abalar saúde mental, e equilíbrio é essencial para controlar ansiedade

Enquanto a pandemia da covid-19 segue atingindo pessoas em diversos países, as incertezas em torno do fenômeno continuam inquietando a população. A reabertura começa a ser intensificada nas grandes cidades — mas é hora de voltar? Como será o famigerado “novo normal”? E a vacina, demora para sair?

Questionamentos como estes, que têm nos acompanhado diariamente, podem gerar ansiedade. O quadro pode piorar com a adição de um outro fenômeno: a “infodemia”.

“Infodemia” nada mais é do que a epidemia de informações. Sejam elas verdadeiras ou falsas, as recebemos em todos os meios: no computador, na TV, no celular, na conversa com familiares e amigos.

Segundo Paola Kolberg, psicóloga da startup Vittude, checar informações com muita intensidade e frequência pode causar danos à saúde mental. A EXAME conversou com Kolberg, que falou sobre a necessidade de encontrar equilíbrio para manter a sanidade. Veja a entrevista:

e. Hoje vivemos a era da infodemia, na qual temos de lidar com uma enxurrada de informações, verídicas ou não, sobre a pandemia. Como isso pode afetar a nossa saúde mental?

Realmente enfrentamos um período de invasão de conteúdos. As notícias inundam as pessoas em diversos formatos e contaminam com informações reais e fictícias. No período de pandemia não foi diferente. Embora seja um recurso positivo e que auxilia a acelerar o entendimento da população acerca dos cuidados e formas de se proteger, a informação acabou se tornando também um veículo perigoso.

A intensidade e frequência com que as pessoas acessam (e são acessadas) com informações causa prejuízo à saúde emocional a medida em que geram ansiedade e estresse. Informações em demasia (tratando-se de frequência e intensidade) resultam em dificuldade de concentração, prejudicam outros espaços da vida do indivíduo que acaba muito afetado diante do tema e, em muitos casos, tem dificuldade de “desligar”, ou seja, de se conectar à outras atividades, conversas e questões.

e. Estar bem informado pode trazer tranquilidade por saber como evitar a infecção ou entender as curvas da pandemia na região em que vivemos. Mas o excesso de informação também pode trazer pânico e ansiedade. Como encontrar um equilíbrio?

O equilíbrio é fundamental e organizador para todos. Para que tenhamos uma vida emocionalmente estável é necessário acomodar de maneira uniforme, ou seja, equilibrada nossos investimentos de tempo e emocionais nos diferentes papéis e atividades que encaramos no dia a dia. É fácil processar essa ideia associando nossa vida à uma pizza. Isso mesmo, você deve dividir essa pizza em fatias de acordo com suas tarefas e papéis (vida social, familiar, trabalho, estudo, acesso à informação, etc).

Não tem uma regra para a pizza, cada um tem a sua própria divisão, mas o essencial é ter equilíbrio e, na maioria das vezes, as pessoas pecam sobrecarregando alguma fatia e deixando outra de lado. É comum que tenhamos fases mais difíceis de enfrentar em que irá ocasionar essa disparidade, mas devemos sempre voltar a uma divisão mais homogênea da “pizza da vida”.

e. Qual o papel das redes sociais no contexto da infodemia e da saúde mental?

É enorme. As redes sociais são um dos principais fatores de invasão e perturbação na vida dos indivíduos. Geram sobrecarga emocional a partir de conflito de ideias, valores, etc. Além de serem causadores de sintomas de depressão e menor auto estima. Na pandemia isso ocorre bastante, pois a maioria da população está enfrentando dilemas, desemprego, interrompendo planejamentos, reacomodando a renda, a rotina, o casamento e ao acessar as redes sociais se depara com “vidas perfeitas”.

e. O que podemos fazer para manter a mente sã durante a quarentena?

A saída aqui é ter equilíbrio. Desfrutar de espaços e períodos longe do celular, dos telejornais, do computador. Destinar esse tempo para ficar com a família, ler um livro, se alongar, cozinhar, refletir, enfim, reaprender a se conectar de verdade consigo ou com os outros. E, muitas vezes, pra gente se conectar de verdade com a vida, precisamos nos desconectar das redes sociais.

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