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Como se preparar para uma entrevista por competências

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: LinkedIn
03 de abril de 2017 - 18:00

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Por: Mariana Vidal Menezes

A partir das consultorias que faço em empresas de diferentes tamanhos e segmentos, tenho percebido a utilização cada vez maior da entrevista por competências nos processos de recrutamento e seleção. Neste, método, o entrevistador faz uma investigação acerca das habilidades do entrevistado, através perguntas para analisar como o candidato se comporta em determinadas situações. Em conjunto com dinâmicas de grupo e testes para identificação de valores e perfil comportamental, a entrevista por competências dá insumos muito importantes para que a empresa faça uma contratação mais assertiva.

Para você compreender melhor como funciona esse tipo de entrevista, falarei brevemente sobre o conceito de competência. Apesar de ser um conceito bastante disseminado, não custa nada lembrar. A definição mais conhecida de competência tem por base o famoso CHA, sigla que significa:

Conhecimento, ou seja, o que você sabe. Exemplo: ler um livro e passar a conhecer como se comunicar melhor com as pessoas.

Habilidade, que significa o que você sabe fazer com o conhecimento que você tem. Indica também como você faz determinada atividade. Exemplo: comunicar-se de forma clara e objetiva. Aqui, o conhecimento “como se comunicar melhor com as pessoas” foi aplicado na prática e pode ser observado por todos. É, pois, uma habilidade.

Atitude, que corresponde às características pessoais, próprias ou desenvolvidas ao longo dos anos, que indicam uma predisposição em fazer bem alguma coisa, de forma espontânea. Exemplo: uma pessoa naturalmente com tranquilidade e empatia, tem uma predisposição a estabelecer uma boa comunicação.

Eu posso dizer para você que uma pessoa tem certa competência quando ela apresenta determinadas características pessoais + alguns conhecimentos e faz uso deles, demonstrando através de comportamentos. Considerando este conceito, as empresas buscam profissionais que apresentem as competências necessárias para cada cargo. Veja um exemplo: uma das competências exigidas para um Gerente de Recursos Humanos é a Liderança. Isso significa que o futuro gerente precisa apresentar alguns conhecimentos (como saber o conceito de feedback), habilidades (por exemplo, saber aplicar feedback com foco no desenvolvimento das pessoas) e atitudes (saber ouvir, ser tranquilo) para que seja identificada a existência dessa competência.

No processo de recrutamento e seleção, o conhecimento dos candidatos pode ser checado através de testes escritos e orais, ou também por meio da apresentação de certificados. Para o reconhecimento de atitudes, geralmente são utilizados testes para mapeamento de perfil e valores, bem como algumas dinâmicas em grupo. E, para entendimento das habilidades dos candidatos, além de estudos de caso e dinâmicas, a entrevista por competências vem sendo cada vez mais utilizada.

Quando se fala em entrevista por competências, parece até que é algo muito complexo, mas é bem mais simples do que você possa imaginar. Lembre-se que a empresa quer saber se você tem determinadas habilidades, ou seja, como você se comporta em determinado contexto. Para isso, serão feitas perguntas sobre situações que você já vivenciou. A resposta que você dá para cada pergunta é analisada de acordo com a seguinte estrutura:

Qual era a situação, ou seja, o contexto em que tudo aconteceu.

Como você agiu nessa situação.

O que aconteceu depois, ou os impactos da sua ação.

Para que você entenda melhor, voltemos ao exemplo do Gerente de Recursos Humanos. O recrutador vai entrevistar um dos candidatos e precisa saber se ele sabe como aplicar feedback. Uma das perguntas pode ser assim: “Fulano… você pode me dar o exemplo de uma situação em que você tenha dado feedback assertivo para um colaborador?” para responder de forma clara esta pergunta, o candidato deverá, primeiramente, contextualizar a situação, ou seja, dizer o que o colaborador fez para que fosse necessário um feedback (positivo ou negativo). Depois, irá descrever exatamente como agiu na reunião de feedback: como começou a falar, o que disse, qual foi a reação do colaborador. Por fim, precisa indicar qual foi o resultado do feedback. Se foi um feedback sobre comportamento negativo, por exemplo, pode dizer se o colaborador mudou ou não o seu comportamento.

Certamente você precisa apresentar exemplos em que você tenha obtido êxito. No caso de o recrutador perguntar sobre uma situação em que você não obteve sucesso, é recomendável que você analise a situação, indicando o que considera ter gerado o insucesso e também qual foi o aprendizado com essa situação. Todos somos humanos e passíveis de erros. Não adianta vender-se como um profissional perfeito. Errar faz parte e aprender com o erro demonstra maturidade pessoal e profissional.

Considerando essa estrutura, você consegue se preparar para dar as informações de que o entrevistador precisa para identificar se você tem ou não as competências necessárias para a vaga em questão. Mas, quais são as competências que as empresas normalmente buscam? Isso varia muito conforme a empresa e a vaga, mas, em geral, algumas competências são requisitadas frequentemente pela maioria das empresas: liderança, automotivação, trabalho em equipe, criatividade, cuidado com as pessoas, capacidade de aprendizagem, comprometimento, flexibilidade, capacidade de negociação e resiliência. O ideal é que você consiga identificar as competências requeridas para o cargo no perfil da vaga. Porém, caso não esteja descrito, você poderá usar as que eu acabei de relacionar. Pense em situações que já tenha vivenciado e apresentado essas competências. Pense qual foi a situação, como você agiu e qual foi o resultado.

Algo importante a saber é que não existem respostas padrão. Cada empresa pode buscar profissionais com habilidades diferentes, de acordo com sua cultura, valores e também com o perfil da vaga. Portanto, esqueça frases prontas. Busque mostrar as suas experiências e como você lidou com elas. O mercado de trabalho exige hoje que os profissionais tenham diferenciais. Você é um profissional único, com experiências únicas. Apresentar de forma estruturada seus acertos e o que aprendeu com seus erros fará toda a diferença em um processo seletivo. E, se você não for escolhido para a vaga, não significa que seja um profissional ruim, apenas que não tinha o perfil procurado pela empresa para aquela vaga. Esse momento é válido para você buscar seu aprimoramento profissional não apenas em termos de conhecimentos, mas também no desenvolvimento de novas habilidades, preparando-se para outras oportunidades que venham a surgir. Mantenha o foco e boa sorte!

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