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Como ser “menos pior” no inglês em 30 dias

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Exame
12 de novembro de 2023 - 12:00

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A expressão “menos pior” pode não existir no português, mas, na coluna do professor de inglês, rende uma boa dica de estudo

O título deste artigo te causou alguma estranheza? Espero que sim, afinal, para além do equívoco gramatical nele contido você também deveria estar se perguntando algo como: Por que estudar para ser “menos pior”? Por que não estudar para ser melhor? E por que dizer “menos pior” em vez de melhor?

Vem comigo que vou te explicar.

A ideia dos 30 dias para ser “menos pior” eu roubei do escritor estadunidense Austin Kleon (austinkleon.com). Kleon é autor de vários livros, entre eles, o best-seller Steal Like an Artist – Roube Como um Artista. Por isso, não se preocupem. Indiretamente, ele mesmo me autorizou a roubar e adaptar a sua ideia.

No original, chamado 30 days to suck less, que eu gosto de traduzir como 30 dias para ser “menos pior”, Kleon propõe um desafio para que seus leitores tentem ser menos piores em algo que estejam aprendendo. Vale qualquer coisa, mas no nosso caso falaremos sobre idiomas mais especificamente.

Mas antes de pensar em como, vamos olhar o porquê: por que ser menos pior em vez de tentar ser melhor? Afinal, uma coisa não está diretamente ligada à outra? Se você se torna menos pior em algo, consequentemente, você não se torna melhor? Então por que vamos tentar ser menos piores?

Em um artigo em seu blog, Kleon discorre sobre a ideia de que para ser bom em algo você antes precisa estar aberto a ser ruim naquilo. E a ideia é que você continue sendo ruim até que de tanto você se tornar menos pior você se torne de fato bom. E como fazer isso? Simples: prática.

Uma das maiores dificuldades que vi (e vejo) nos meus alunos nesses quase 18 anos como professor é a regularidade. Alguns chamam de disciplina, mas eu prefiro pensar em regularidade.

O problema com a regularidade é que sempre encontramos uma boa desculpa para não praticarmos hoje: cansaço, falta de tempo, o frio, o calor, ter comido demais, ter dormido de menos etc.

Quando precisamos fazer algo que ainda não é um hábito, geralmente procuramos o momento perfeito para fazermos esse algo que vai demandar um esforço físico e/ou mental. Esperamos por aquele momento onde vamos estar super dispostos, com 1 hora inteira livre de interrupções e o céu no tom de azul adequado, do contrário, melhor não fazer hoje. Quem nunca?

Para o desafio dos 30 dias para ser menos pior, Kleon sugere que a gente baixe nossas expectativas. Não apenas baixá-las em relação ao objetivo final, mas principalmente sobre o que entendemos como progresso.

Quando iniciamos uma prática, nossa tendência é de esperar um progresso visível e relevante ao fim dela. Se treinamos na academia, queremos ter perdido 5kg no fim do treino.

Se estudamos inglês, queremos não errar nunca mais o que estudamos naquele dia. Se tocamos bateria, queremos nunca mais esquecer aquela sequência difícil daquela música do Rush. E por aí vai.

Quando baixamos nossas expectativas em relação ao que entendemos como progresso, tudo que fizermos contará como… progresso. Eu não preciso começar uma prática esperando estar muito melhor ao fim dela, segundo Kleon. Basta eu estar menos pior do que era quando iniciei.

Parece maluco? Um pouco, talvez, mas é aqui que a mágica começa. E ela começa com a regularidade. A conta é bastante simples: se todos os dias, durante 30 dias, eu estudar ou praticar uma habilidade que preciso dominar, como eu vou estar depois desses 30 dias?

Vou estar “menos pior”. E se eu estou menos pior, eu estou melhor. Progredi, evoluí, melhorei. Mágico? Não, é só prática com regularidade.

Quando a necessidade da prática bate na nossa porta, devemos parar de procurar o momento perfeito para fazer e simplesmente fazer. Sem grandes expectativas, apenas fazer algo. Quando fazemos um pouco por dia, todos os dias, o resultado final é sempre positivo.

Seja esse final depois de 7, 30 ou 365 dias, a prática diária vai te levar a ser sempre um pouco menos pior por dia, sempre evoluir, sempre dar um passo além, sempre ser melhor.

Mas não conte isso para o seu cérebro, para não cair na armadilha da alta expectativa. Continue dizendo pra ele que sua ideia não é ser bom, é continuar sendo ruim, mas sendo um pouco menos pior a cada dia. E quando seu cérebro menos perceber, você estará muito melhor no que se propôs a aprender. Muito mesmo!

E como podemos colocar isso na prática? Na próxima coluna eu conto como aplicar o conceito, mas até lá eu quero te deixar um desafio: nos próximos 30 dias, que tal você tentar ser menos pior em algo?

Pode ser uma caminhada diária de 10 minutos, 2 páginas de livro por dia, 100kcal a menos na sua dieta, 1 palavra nova em inglês. Te garanto que se até a próxima coluna você fizer algo pequeno por dia, todos os dias, você vai estar muito melh… digo, muito “menos pior”.

Até a próxima!

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