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Como será o robô que vai pegar o seu emprego

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Época
06 de agosto de 2018 - 18:02

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Três, dois, um… estejamos preparados ou não, achemos bom ou ruim, já estamos navegando na Era da Inteligência Artificial

Por: Ricardo Neves

Doravante, a regra é: todo trabalho humano que puder ser descrito por um algoritmo e traduzido em linhas de código de programação será em algum momento executado por uma máquina. Muitas delas serão aparentemente pensantes e ainda por cima terão a capacidade de interagir com humanos de forma bastante “natural”, digamos assim. Descrente? Quer uma pequena amostra de como esse futuro já chegou e cabe até na palma de sua mão? Faça um teste!

Abra no seu smartphone a tela do Google. Aperte o ícone do microfoninho que aparece na barra em que você digita texto. Agora diga naturalmente ou até mesmo imitando um sotaque regional qualquer a expressão “Ricardo Neves colunista de ÉPOCA”. Voilá! O sistema de busca ativado pela voz vai trazer você aqui para a página de minhas colunas.

Isso é só uma pequena amostra de que os elementos estão praticamente todos aí disponíveis. A tecnologia está madura. Agora depende da humanidade, isso é de cada um de nós, brincar com ela, assim como as crianças brincam com Lego.

É assim que nos próximos anos indústrias inteiras terão os empregos implodidos, principalmente aqueles rotulados como “mão de obra”. Nessa primeira onda de implosão temos call centers, que hoje no Brasil ocupam mais de 400 mil pessoas oferecendo postos de atendentes que não encantam ninguém, nem o cliente nem o empregado.

Da mesma forma, minguam todos os segmentos de ocupações que de alguma forma são condutores de transporte de passageiros ou carga. É dessa forma que virarão história, nos próximos 20 anos, caminhoneiros, motoristas de ônibus, metrôs, trens e mesmo pilotos de avião. Essas categorias vão desaparecer aos poucos, da mesma forma que caixas de banco, substituídos por caixas eletrônicos e internet banking. Talvez cheguem a se extinguir, como datilógrafos, apagadores de lampiões, ferreiros, cocheiros e condutores de diligências e carroças.

Adeus, caixas de supermercados. O checkout de mercadorias nos EUA e em vários estabelecimentos na Europa já é feito na base do autosserviço devidamente supervisionado por circuito de vigilância por TV. Mais rápido e eficiente.

Adeus, burocratas funcionários de atendimento ao público que tediosamente inspecionam documentos só para carimbar e dar instruções. Máquinas que escaneiam, conectadas a bancos de dados e com sistema de voz, podem muito bem substituir burocratas sem nenhum prejuízo para o cidadão.

Empregos industriais, sobretudo aqueles denominados tipicamente como “chão de fábrica”, repetitivos, mecânicos, estafantes? Aqui temos um potencial de mais de 90% de substituição por máquinas-ferramentas – robôs! – que trabalham no escuro, 24 horas, sete dias por semana. Eles não fazem greve nem operação tartaruga, não adoecem e em geral se contentam com manutenção preventiva ou upgrade.

Pelo mesmo caminho vai a construção civil, que assistirá a uma onda sem precedentes de robotização. Centenas de operários podem ser substituídos com muito mais vantagem pelo trabalhador que pilota por um joystick. O canteiro de obras tipo formigueiro humano vai seguir caminho similar aos terminais de carga e descarga marítimos, nos quais foi virtualmente extinta a ocupação de estivador, com o advento do contêiner.

A década de 2020 será inexoravelmente por um lado a década da androidização do trabalho e por outro o da marginalização dos seres humanos que se recusarem a se preparar para enfrentar proativamente a megatendência da Inteligência Artificial.

Existe o outro lado da moeda para quem quiser ver. O trabalho humano será principalmente aquilo que algoritmos, programas, robôs e androides ainda não fazem: a capacidade de inventar e de inovar. Num mundo onde as máquinas são a mão de obra, cabe aos humanos resolver questões e problemas e, mais do que qualquer outra coisa, Pensar e Criar.

Henry Ford profeticamente já prenunciava no início do século passado que “o mais duro dos trabalhos é pensar”, que talvez por isso tão pouca gente se dedicasse a ele. Por causa disso, de agora em diante nossas escolas de adultos e adolescentes vão ter de ser reinventadas. Vão ter que deixar de ser as fábricas de zumbis procuradores de emprego.

Ainda bem que já existe um modelo bem-sucedido para nos inspirar. Isso mesmo. A pré-escola e a creche – claro que não todas e especialmente aquelas públicas – já experimentaram com sucesso desde meados do século passado fórmulas, metodologias, ferramentas e brincadeiras com o fim de acelerar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos pequenos seres humanos.

A educação de adolescentes e adultos terá de ser reinventada, inspirada pela visão generosa e otimista de um dos maiores pedagogos da história, Jean Piaget, que entendia que “nasceu gente, é inteligente”. Para ele, o principal objetivo da educação é “criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.” Prepare-se para usar os robôs, em vez de ser substituído por eles.

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