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Escola e professores fazem a diferença nas seleções

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Valor Econômico
29 de fevereiro de 2016 - 18:00

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Por: Jacilio Saraiva

Com a alta oferta de MBAs no mercado de educação executiva, como escolher o curso que pode fazer diferença em um currículo? Para recrutadores de executivos de média e alta gerência, a maioria dos processos seletivos observa o nome da escola onde o candidato estudou, o corpo docente da instituição e o conteúdo da qualificação, que deve incluir o estudo de casos reais de negócios. Mas, apenas um diploma não vai garantir a conquista de uma vaga. “Um bom histórico curricular faz com que o executivo seja convidado para seleções, mas nada substitui o ‘brilho no olho’, coisa que nenhum MBA ensina. É uma bagagem que se adquire na vida”, diz Magui Lins de Castro, sócia da CTPartners, que atua com recrutamento de executivos seniores.

Segundo a especialista, o formato e duração do MBA também devem ser escolhidos de acordo com o tempo de janela do estudante. “Quando o profissional já conta com alguns anos de experiência, um curso de um ano pode ser suficiente”, diz. “Geralmente, quem opta por um programa mais longo, de dois anos, está no início da carreira e vislumbra melhores oportunidades até o término das aulas.”

É o caso de Tiago Sousa Silva, de 28 anos, que concluiu no ano passado um MBA de dois anos, em comércio exterior e negócios internacionais, em Brasília (DF). “Primeiro, escolhi a escola onde queria estudar e depois vi que as opções de MBA eram mais abrangentes que outras pós-graduações que planejava fazer”, diz ele, que investiu R$ 25 mil na qualificação.

Analista de planejamento financeiro em uma empresa de transporte aéreo na capital paulista, o executivo afirma que o diploma teve peso na sua contratação, mas o trabalho que executa atualmente não tem mais relação direta com o conteúdo estudado. “A companhia percebeu que eu podia entregar resultados melhores no departamento financeiro.” Agora, ele já pensa em se matricular em outro curso, na área de finanças e economia.

Magui, da CTPartners, lembra que, independentemente da área, um MBA “top de linha” deve apresentar disciplinas relacionadas a aspectos de negócio e estudar casos reais. “Trazidos para a sala de aula, esses temas promovem a troca de experiências sobre questões estratégicas, de marketing e vendas.”

Além do conteúdo, a origem do curso pode dourar o currículo dos candidatos. “Fazer um MBA no exterior rende mais pontos na corrida da contratação do que um curso feito no Brasil, segundo Magui. “A oportunidade abre portas para empregos ao redor do mundo, além de indicar que o executivo apresenta fluência em outro idioma”, diz. “Há várias empresas que contratam alunos de MBAs de primeira linha antes mesmo de completarem o curso.”

Rodrigo Sion Adissi, sócio da consultoria MSA Recursos Humanos, diz que algumas seleções observam o nome e a reputação da instituição onde o candidato concluiu o MBA. “Ser aceito nas principais escolas do Brasil e do mundo fala muito sobre o potencial do candidato”, diz. Em seguida, costuma-se avaliar como a experiência acadêmica foi somada às atividades profissionais que o executivo obteve antes e depois do curso.

O consultor explica que os MBAs concluídos fora do país chamam a atenção dos recrutadores porque permitem o desenvolvimento de competências interculturais. Recentemente, a consultoria, que já realizou diversas contratações que exigiam profissionais pós-graduados, foi contratada por um fundo canadense que buscava currículos com experiência em infraestrutura, para atuar no Brasil. Uma das exigências era que os candidatos estivessem concluindo programas em escolas de negócios nos EUA.

“Cada vez mais, o mercado global exige equipes com profissionais de diversas áreas e nacionalidades”, diz. “As instituições brasileiras também oferecem a alternativa da graduação ‘sanduíche’, em que o aluno estuda durante seis meses em uma escola parceira, no exterior.”

Para Ricardo Silvarinho, diretor de RH da AES Brasil, do setor elétrico, os certificados estrangeiros se destacam nas contratações, mas o executivo precisa avaliar o curso mais adequado ao seu tempo e patamar de carreira. “Se o candidato não é administrador de empresas, deve fazer um MBA com ênfase em gestão”, diz. “O corpo docente tem de apresentar vivência e a capacidade da instituição de oferecer um bom networking.”

Luiza Cerri, de 28 anos, consultora de inteligência de mercado de uma empresa de mineração, está avaliando cinco opções de MBAs na Europa e nos Estados Unidos. “Lá fora, terei uma exposição maior a novas oportunidades de trabalho. É uma chance de fazer contatos globais”, diz a executiva, graduada em administração e com especialização em estratégia e marketing.

Carlos Felicíssimo, executive director & founder da Group4 Company, afirma que mais importante do que um diploma é apresentar uma trajetória consistente “Nunca encontrei um executivo que perdeu uma colocação porque não tinha um MBA, mas já vi candidatos que não foram considerados para uma vaga por terem parado de buscar novos conhecimentos.”

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