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17 de abril de 2012 - 0:30

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Quando o tema é Colaboração e integração, a reflexão sobre a qualidade das interações, isso é das relações com o outro por meio da linguagem, torna-se mais que necessária, já que o processo de comunicação é impactado diretamente pelo ambiente corporativo. Assim, importa avaliar se o ambiente que criamos promove condições para que essas relações sejam saudáveis.

A gestão em busca dessa meta direciona ações de comunicação entre equipes, mas fato é que, não há decreto que garanta que os relacionamentos sejam positivos e promovam crescimento do capital intelectual de uma organização. Mais interessante seria garantir antes uma compreensão acerca do que é a interação, a partir de questionamentos básicos: Será que quando exercitamos o ato da fala, nos comunicamos verdadeiramente? Estamos presentes, abertos e dispostos para o diálogo?

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De modo geral, organizações carentes de conhecimentos ignoram tais indagações e cristalizam a cultura de que um “amontoado de gente” falando o tempo todo e simultaneamente é sinônimo de interação.

Percebemos nesse cenário que não há a escuta qualificada e o respeito à opinião do outro; de modo simplista, ousarei afirmar que passamos a sofrer mais um grave sintoma: a indiferença pelo outro. Ouvimos mas estamos distantes e toda essa nossa forma de comunicação através de palavras, gestos e expressões, é capaz de traduzir claramente para o grupo esse nosso sentimento, contaminando as possibilidades de diálogo.

Quando os interesses pessoais estão acima dos coletivos, quem os apresenta, por meio da imposição de ideias, age sozinho. Em vez de promover o crescimento e estimular o aprendizado, critica, poda, desacelera e, o pior de todos os males, promove a morte ideológica e cultural.. Sim, como doença letal, a indiferença é capaz de matar uma idéia, uma equipe, um projeto, uma organização, o que poderá refletir em seus resultados.

A “língua’ utilizada nessa situação é a da divisão e não a da convergência, tão almejada na “linguagem da corporativa”.

Sobrecarregar repositórios, murais e portais não poderá salvar uma empresa desse tipo de doença, impor o mecanismo da “boa interação”, sem um processo de aprendizagem, também não retardará seu avanço, pois seria como buscar na conseqüência a solução para a causa.

Apesar do diagnóstico não ser favorável, devemos ter calma, afinal, para todos os males há uma possível cura.  Lembrando também que o fenômeno da interação conta com algumas terapias, propostas pelos especialistas no tema, o que, ao menos, poderia aliviar os sintomas e gerar sobrevida.

Agora, se almejamos a cura verdadeira, talvez um caminho viável e simples possa ser o despertar da consciência em relação ao outro… Sim, ele é diferente de mim, mas que eu possa respeitá-lo e aceitá-lo. Essa consciência de que somos capazes de buscar pontos de convergência, apesar de nossas diferenças, pode ser sustentada na compreensão de que algo maior deve nos aproximar como os objetivos e metas de uma organização.

Quando essa preocupação fizer parte das reflexões dos diferentes atores do ambiente corporativo, passaremos a experimentar a linguagem da união, ou até mesmo a do amor, afinal, longe dos idealismos, temos de convir que  esse sentimento é a maior força transformadora de diferentes esferas de nossas vidas. Não poderia ser assim também na profissional?

Talvez a alternativa de adotar a linguagem do amor esteja muito distante de nós, mas podemos adotar outras mais fáceis de aprender, como a do respeito, a do silêncio (que, embora pareça contraditória, é a linguagem de quem sabe o momento de ouvir o outro) e a do importar-se. Atos de linguagem assim poderiam ser os primeiros ensaios para uma comunicação saudável, capaz de promover o crescimento e a aprendizagem dos sujeitos.

É um longo aprendizado, e todos podem participar, como disse o grande mestre Gandhi, “Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”. Talvez seja o momento ideal de refletirmos sobre como interagimos.  Questionando tanto o que estamos construindo para a empresa, como para nós, como sujeitos de nossas histórias, por meio da linguagem.

Façamos um convite simples para os nossos desafios de aprendizagens: se temos uma grade extensa, a fim de aprimorarmos nossa “linguagem corporativa”, que tal começarmos por um conteúdo básico, mas elementar: como romper com minha indiferença em relação ao pensa e propõe o outro?  Como me interessar por um ponto de vista diferente do meu? Como buscar pontos de acordo, convergência?

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Comentários (2)
  1. O ambiente competitivo que está hoje instalado nas organizações é o maior ofensor na busca dessa comunicação atenciosa… Ele privilegia o resultado individual, que é a chamada meritocracia… Isso cria distorções profundas na interpretação desta metodologia e, por conseguinte, em sua aplicação, gerando péssimas consequência no quesito omportamento e comunicação,

    Renato Caillaux em 17 de abril de 2012 - 09:43
    • Olá Renato,

      Obrigada pela leitura.

      Realmente os modelos atuais de gestão e o foco para o resultado nas organizações, dificultam o exercício da “boa comunicação”, entretanto, quanto mais competitivo e agressivo seja um segmento de mercado, mais deveremos contar com gestores que saibam lidar com tais questões, afinal o elemento humano é o fator decisivo no sucesso de toda organização.
      Abs
      Angelica

      Angelica Balthasar em 17 de abril de 2012 - 19:42

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