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Inglês de brasileiros para multinacionais é insuficiente, diz teste

por: Angelica Balthasar
em: Gestão
fonte: Jornal Nacional
06 de agosto de 2012 - 0:05 - atualizado às 0:09

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13 mil brasileiros de multinacionais de diversas áreas participaram da avaliação, aplicada em 76 países. Média mundial foi de 4,15 e brasileira 2,95, o que coloca o país na lista dos que falam o pior inglês.

Por: Rodrigo Alvarez

Para poder voar para fora do país, 37 pilotos terão que refazer provas de inglês que já tinham sido aplicadas por uma escola da Espanha. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o certificado espanhol não avalia as habilidades de comunicação necessárias aos pilotos de voos internacionais.

As provas que os pilotos fizeram na Espanha não foram reconhecidas pela Anac e eles agora têm prazo até 15 de dezembro para fazer novos exames. Se não forem aprovados, ficam proibidos de pilotar no exterior.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), e os pilotos, dizem que a Anac está sendo rigorosa demais.

“Estão exigindo de nós, pilotos, comandantes, co-pilotos, um inglês com concordância verbal, aquela coisa bem corretinha”, alega um comandante.

Para o consultor aeronáutico Jorge Barros, inglês correto é segurança.

“Se eles se depararem com uma situação anormal, fora da sua rotina, do seu cotidiano, eles precisam ter um inglês bastante abrangente para conseguir dar conta dessa situação”, explica ele.

O que acontece com os pilotos é parte de um problema muito mais amplo no Brasil: testes feitos com mais de 13 mil brasileiros que trabalham em multinacionais de diversas áreas mostraram que, de maneira geral, o inglês que se fala por aqui é insuficiente até para, por exemplo, manter uma conversa telefônica sobre assuntos da rotina de trabalho.

Os testes foram feitos em 76 países. A média mundial foi de 4,15. Já a média brasileira foi de 2,95, o que nos coloca na lista dos países onde se fala o pior inglês.

Pelos critérios da pesquisa, a média brasileira, menor que três, equivale à de um iniciante.
E um motivo, segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de RH, Elaine Saad, é que normalmente o brasileiro só estuda mesmo quando surge uma exigência no trabalho.

“Às vezes tem empresas em que falar inglês é tão importante que ela prefere contratar alguém que fala inglês e dar o conhecimento técnico que ela precisa do que o oposto”, aponta ela.

Quando o trânsito fica lento, o taxi driver paulistano Wagner Caetano corre atrás. Seis meses treinando sozinho e viu aumentarem os clientes e as gorjetas.

“Tem vezes que a caixinha é maior que a corrida”, diz ele.

No curso para comissários de bordo, só tem que falar bem o inglês quem quer ser chefe de cabine de voo internacional.

“Durmo com dicionário do lado da minha cama, quando eu penso em uma palavra e não sei o que é eu já procuro”, conta Ligia, aluna do curso de comissário.

O que se diz no curso é que, em matéria de inglês, Lígia é uma das melhores da turma. Mas, nervosa, a futura comissária tropeça na língua ao treinar junto à turma.

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