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Lider: a equipe contrai seu temperamento

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Administradores.com
16 de outubro de 2017 - 18:02

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Por: Daniel Goleman

“QUANDO MINHA MENTE ESTÁ CHEIA DE RAIVA, outras pessoas contraem isso como se fosse gripe”.

Se você é como eu, já esteve em ambos os lados desta experiência compartilhada por um líder organizacional. Eu fui a pessoa raivosa que infectou o temperamento daqueles ao meu redor. E fui um daqueles que os sentimentos desabavam na presença de uma pessoa triste ou brava.

Experiências como as citadas acima exemplificam o que chamamos de contágio emocional. Isso acontece toda vez que interagimos, independente se estamos com uma pessoa, um grupo ou numa organização. Nossos cérebros e corpos reagem aos sentimentos das pessoas ao nosso redor porque temos um cérebro social. O circuito neural, como o do sistema de neurônios-espelho, opera em um contágio emocional. Esse sistema funciona de maneira automática, instantânea, inconsciente e fora de nosso controle intencional.

COMO ISSO FUNCIONA?

Como uma sala cheia de pessoas absorve o temperamento do líder que está conduzindo a reunião? Enquanto você presta atenção em outra pessoa, seu cérebro recebe uma grande frequência de sinais e os processa através da “estrada baixa” de sua parte emocional e da via expressa do seu cérebro pensante. Na estrada baixa, há um rápido fluxo pelos córtices sensoriais, tálamo e amígdala. Uma resposta mais lenta e atenciosa vai do tálamo ao neocórtex e depois até a amígdala.

O contágio emocional funciona através da estrada baixa, permitindo uma simulação neural dos sentimentos da outra pessoa. A resposta da estrada alta é mais atenciosa e nos dá a opção de recuar de nossa sintonia. Em geral, o córtex pré-frontal é a parte do cérebro que modula nossas emoções. Esta moderação nos permite continuar a pensar e estar presentes até mesmo quando estamos chateados pelas emoções de outra pessoa.

O cerebelo na base do nosso cérebro mantém nossa atenção focada em outra pessoa, percebendo sinais, incluindo expressões faciais. Sinais sociais entram e se tornam a base para uma sincronia entre nós e os outros. Pense quando você está em uma conversa acelerada com um amigo próximo. Os passos dessa dança conversacional dependem da sincronia.

POR QUE ISSO IMPORTA PARA OS LÍDERES?

O contágio emocional acontece o tempo todo, inclusive em interações no trabalho. Quem é o transmissor de emoções e quem é o receptor? Em um grupo de pares, a pessoa que é a mais emocionalmente expressiva é a transmissora. Quando há diferenças de poder em um grupo, a pessoa mais poderosa transmite as emoções, ajustando o tom emocional de todos no grupo. Quando o líder da equipe está com um temperamento positivo, o grupo absorve aquele sentimento e seu desempenho é melhorado. Se o líder estiver com um temperamento negativo, o grupo sentirá aquilo e seu desempenho sofrerá.

As emoções de um líder importam não apenas no momento, mas nas memórias que criam. As pessoas lembram das interações negativas com o chefe mais intensamente e com mais frequência do que das interações positivas.

ESCOLHA SEU TEMPERAMENTO COM SABEDORIA

Então, o que um líder pode fazer com essa informação? Primeiro, deve ter conhecimento sobre suas emoções. O autoconhecimento é um dos quatro domínios da inteligência emocional. Outro componente da inteligência emocional é a autorregulação. Líderes que são habilidosos em autorregulação podem aprender como escolher seu temperamento.

Sigal Barsade, pesquisadora da Wharton School of the University of Pennsylvania, é especializada nos estudos sobre contágio emocional e seu impacto nas organizações. Ela sugere maneiras pelas quais os líderes podem administrar suas emoções e criar uma cultura emocional positiva em suas equipes. A primeira coisa em sua lista é a necessidade de ter conhecimento sobre seu próprio temperamento e mudá-lo, se ele não for útil. Uma maneira de fazer isso é mudar sua expressão facial. Dr. Barsade endossa a hipótese do feedback facial, que diz que nossas expressões faciais impactam nossas emoções. Sorrir intencionalmente pode nos levar a ter sentimentos positivos.

Utilizar suas emoções habilidosamente para ajudar a alcançar suas metas no trabalho requer mais do que sorrir. Mas é uma boa atitude para se começar.

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